sábado, 22 de maio de 2010

BLITZ DE MENTIRINHA NO RIO GRANDE DO SUL. UMA PENA, PORQUE A VIOLÊNCIA É ASSUSTADORA.


Sábado, 21h30. O cenário é estranho. Na beira de uma favela - caminho nada convencional entre o aeroporto e o centro de Porto Alegre - avisto luzes vermelhas que piscam de maneira intermitente. E vão ficando mais assustadoras à medida que nos aproximamos. Era uma blitz da `Brigada`, a Polícia Militar, no Rio Grande do Sul.
Meu taxista apresenta os documentos de sempre, carteira de habilitação, documento do carro.O policial passa para sua assistente que anota o nome dele no tal relatório das atividades.
Ficamos parados por cerca de 10 minutos. Durante o tempo, sigo conversando com o taxista. Em nenhum instante o policial olhou para mim. Nem sequer fez uma pergunta, ou olhou para minha fisionomia. Indignado, meu motorista questionou o motivo disso. `Só vistoriamos quando há alguma suspeita`. Mas ele nem procurou ver o meu rosto, nesse tempo todo.
Marco Antonio Coelho é o motorista em questão. Ele lamentou, no restante da viagem, lembrando que as mortes e assaltos vão continuar na cidade, mesmo que haja blitz. Esse tipo de abordagem é só `para cumprir a burocracia`, disse ele. Ele está certo.
A essencia não é trabalhada. Como bons funcionários públicos, os policiais da Brigada cumprem a burocracia e dão as costas ao problema.
E a violência segue, como antes.

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