O Galinho de Quintino foi um dos maiores atletas do mundo. A minha idade não permitiu ver Pelé, em campo. Naturalmente que o Rei do Futebol foi maior, aos olhos da humanindade. Mas eu vi Zico em campo, estava no estádio. E sempre me dava prazer vê-lo jogar. Agora, o admiro como pessoa, como ser humano "comum", com um ex-atleta.
Lembrei à ele do Canal 100. Nos meus tempos de juventude, não perdia uma sessão de cinema. O Canal 100 exibia, sempre, grandes lances do futebol do Rio de Janeiro. Quase sempre, genialidades do Galinho. As exibições eram antes dos filmes começarem. Por várias vezes eu ficava até minutos antes de começar a sessão seguinte, para ver Zico, de novo. Ele se divertiu. A gente mais ainda, com certeza. Esse gênio do futebol está fazendo 60 anos. Certas pessoas não deveriam (não poderiam) envelhecer. Queria, para sempre, vê-lo em campo. Lembro-me de uma frase marcante de Luciano do Vale, o mestre da narração esportiva. "Não há palavras para descrever o gol de Zico". Falei sobre isso com ele. "Se ele que tem o dom das palavras não às encontrou, vou dizer o que?". Eu acrescento, Zico. "Não há palavras para agradecer ter tido a chance de, mais uma vez, estar perto de uma das maiores satisfações dos tempos de menino". Ele é o "culpado" pela paixão que tenho pelo futebol. Um "GG", gênio e gentleman. Parabéns, Galinho.