quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O Beckenbauer brasileiro

Nas próximas horas o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, pode oficializar, em entrevista coletiva, o ex-jogador Ronaldo (o Fenômeno) como o responsável pelo COL – Comitê Olímpico Local para a Copa do Mundo de 2014. Ronaldo começaria a trilhar um caminho semelhante ao do ex-atleta Franz Beckenbauer, também campeão do mundo e um dos maiores jogadores da história da Alemanha. Tomara que ele tenha o mesmo sucesso.
Cada um escreve sua própria história. O atacante Marcelinho Paraíba que há poucos dias comemorou o acesso junto ao Sport de Recife – como um dos principais jogadores do elenco – foi preso no estado da Paraíba. Acusação de tentativa de estupro. Tem coisas que poderiam ser evitar, é ou não é?
Emerson Leão deve continuar no comando do São Paulo para a temporada 2012. Pelo menos essa é a especulação, mesmo sem sabermos se a equipe estará na Libertadores, ano que vem. Isso é que é confiança, hem Juvenal?
A outra decisão de um domingo cheio de novos campeões. Vinte mil torcedores devem acompanhar a disputa do titulo da Serie C entre Joinvile e CRB de Alagoas, em Santa Catarina. No jogo de ida os catarinenses ganharam em Maceió por 3 a 1. Estão com as duas mãos na taça. Só falta levantar. Mas como é futebol, esperar é aconselhável.
Eurico Miranda reapareceu. Para dizer que a tabela do campeonato brasileiro favoreceu o Corinthians. Será que já entregou os pontos, antes da rodada decisiva? Calma, Doutor Eurico. Falando em Vasco, foi até onde deu na Sulamericana. Os chilenos foram melhores e o Vasco que pense, agora, no Flamengo. E no Corinthians e no Palmeiras também, claro.

Oxente, vão entregar a rapadura?

Botar os clássicos regionais para as ultimas rodadas do campeonato brasileiro enfrenta o seu primeiro contratempo. Há quem afirme que o Bahia – livre do risco de rebaixamento – vai, digamos, facilitar a vida do Ceará, domingo, para que os “irmãos nordestinos” possam se livrar da queda para a série B do ano que vem.  É o temor do Cruzeiro que enfrenta seu maior inimigo, precisando vencer e não seria nada mal um tropeço da equipe cearense.  É evidente que o Atlético Mineiro, nem em pesadelo, imagina fazer o mesmo com a equipe celeste. Será que vai ter isso? Vão entregar a rapadura? Aguardemos os acontecimentos.
Quando o goleiro Marcos vai pendurar as luvas definitivamente? Essa é uma das maiores dúvidas dos jornalistas esportivos que cobrem o dia a dia do futebol em São Paulo. E podem ter certeza de que não somos os únicos. O próprio goleiro tem dito que não sabe onde e quando jogará oficialmente pela última vez. Não deve demorar. A única certeza é de que um ídolo como Marcos não terá um substituto imediato. Alias, se é que um dia terá. Figuras assim sempre farão falta.
Língua solta dá problema. Agora, os dedos soltos também. Neymar acaba de ser condenado a pagar R$ 15 mil reais ao arbitro Sandro Meira Ricci por conta de ofensas dirigidas à ele através do twitter do jogador.  Até onde sei, trata-se de um caso inédito. Portanto, cuidado com o que você digita. Sempre tem alguém olhando. Depois dessa, muita gente vai botar os dedinhos de molho.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Até onde vai o temor de um taxista corintiano.

Há quem diga que o título de campeão brasileiro do Corinthians “subiu no telhado” depois dos resultados do final de semana. Outros acham que a festa foi apenas adiada. O fato é que os nervos estão à flor da pele. Nas primeiras horas desta terça-feira, peguei um taxi após cumprir meu último compromisso do dia. Eis que o taxista que me levava para casa resolveu jogar suas últimas prosas sobre o assunto já batido durante as últimas conversas pelas ruas da cidade. Disse-me o tal condutor. “Estou com medo é do Flamengo, ou melhor, do goleiro do Flamengo. O Felipe tem uma mágoa antiga do Corinthians e se ele puder, entrega o jogo para o Vasco”. Lembrei a ele que não bata uma vitória do Flamengo. Se o Corinthians ganhar do Palmeiras, é campeão, independentemente dos outros jogos. O taxista respondeu: “é esse o problema”. Respeito pelo arquirrival é algo que existe, mesmo. Tem 17 anos que essas duas forças não decidem um campeonato brasileiro. Domingo vai pegar fogo, tomara que apenas literalmente.
“Ganhar do Palmeiras é a melhor coisa do mundo”, diz o presidente do Corinthians, Andrés Sanches. O problema é que o Palmeiras tem a mesma linha de pensamento. Guardar clássicos para as ultimas rodadas talvez tenha sido o grande mérito da CBF.  Mas isso dá trabalho e dor de cabeça. Tanto que os clássicos “menos importantes” saíram das capitais. Fluminense e Botafogo jogam em Volta Redonda. Santos e São Paulo se enfrentam em Mogi Mirim. Seria um temor juntar as 4 grandes torcidas do Rio e as 4 grandes de São Paulo num mesmo espaço.
Morreu aos 22 anos, vítima de câncer, o zagueiro Gustavo Valezzi, do Bragantino. É impressionante como a doença não escolhe idade, atletas ou não. Ele vinha lutando havia dois anos contra a doença. Perdeu a batalha.

domingo, 27 de novembro de 2011

DOIS TIMES, DUAS HISTÓRIAS, UMA POSSIBILIDADE. GANHAR E LEVAR.

Vinte equipes começaram o Brasileirão.  A maioria delas briga por algum objetivo até a última rodada. E nessa batalha que parece não ter fim, valem alguns registros. Pegue só os dois times que ainda têm chance de ser campeão. Os dois venceram no final de semana. O primeiro venceu e achou que levaria o caneco. Não levou. O outro venceu nos instantes finais. Achou que a guerra estava perdida, mas não. Ressurgiu.
Assim, Vasco de Gama e Corinthians seguem vivos, vivíssimos, vivos demais para que seja apontada só uma possibilidade. O Vasco, é verdade, precisa vencer o Flamengo e ainda torcer por um tropeço do Corinthians contra o Palmeiras. O Corinthians só, entre aspas, precisa derrotar o Palmeiras para não depender de ninguém e comemorar o quinto título brasileiro.
Nenhum deles tem missão fácil. Muito pelo contrario. Mas penso cá, com meus botões. Se o Corinthians teve uma tabela mais fácil que seu adversário, ao menos nos últimos jogos, então não teve competência para garantir a conquista por antecipação? Mas ai alimento outro raciocínio: Se o Vasco teve chance de assumir a ponta nas derrapadas dos paulistas e não o fez, então o Vasco não foi competente?  Seria leviandade afirmar uma coisa ou outra. A única certeza é de que o brasileirão dos pontos corridos, do jeito que está, vai enterrando o mata-mata na vala do esquecimento.  Eu sei que existem os conservadores. Mas há também os realistas. E eles também podem falar.
E o Palmeiras cumpriu metade do ano inteiro na rodada passada. Matou a chance do São Paulo de chegar à Libertadores. Fará o mesmo tirando o título do Corinthians? Foi só uma pergunta cuja resposta eu nem ouso responder.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Muito mais que 90 minutos. Um ano em dois tempos de 45.

Tem tempo que um campeão não surge na véspera. Desde 2007, ninguém consegue ser campeão brasileiro com antecedência. O último foi em São Paulo. Nas ultimas 3 temporadas, foi preciso esperar até o fim. Domingo, o Corinthians tem chance de antecipar sua conquista. Precisa vencer o Figueirense, em Santa Catarina e torcer por um tropeço do Vasco da Gama que joga contra o Fluminense. Se o Vasco perder ou empatar, e os paulistas fizerem os 3 pontos, acaba o campeonato brasileiro de 2011.
Não será uma conquista como aquela de 2007 quando o São Paulo, na 34ª. rodada do Brasileirão, com quatro rodadas de antecedência portanto, garantia o caneco. Foram, no final das contas, 15 pontos de diferença para o vice-campeão Santos.
Tem outras disputas em jogo no final de semana. Restam ainda duas vagas para a Libertadores. Mas é tanta conta que talvez seja melhor esperar a 38ª rodada. Tem duas vagas para quem quiser cair. Se bem que ninguém quer. Mas são muitos candidatos para acompanhar Avaí e América Mineiro.  Tem Cruzeiro, Bahia, Ceará, Atlético Paranaense. E não dá para esquecer o seguinte. Para a degola ou para a turma que comemora, todos, têm clássicos a disputar. É aí que a coisa pega e as previsões podem queimar a língua e a pestana de muito matemático. Esse campeonato já mostrou que para se dar mal é só arriscar um palpite. Arriscou, errou.
E a torcida organizada que foi ao treino do Corinthians dar “apoio” ao time, ontem? Outro dia foi no Flamengo. Protesto e tudo mais. Você que trabalha tem como fazer esse tipo de coisa, no meio do expediente, em dia útil? Não dá tempo, né?

Recife e Campinas. A série B é da galera.

O embarque da delegação do Sport Recife para Goiás teve um ingrediente que se tornou sintomático nessa série B do Brasileirão. Uma “multidão” invadiu o aeroporto da capital pernambucana, ontem, para “derramar” energia positiva ao time que depende apenas de si para ficar com a última vaga de acesso ao brasileirão/2012. Lembra a vibração da torcida da Ponte Preta, antes e depois da partida do último final de semana contra o ABC, quando garantiu seu retorno à elite nacional.
Encontrei um conselheiro do Guarani, ontem, no Rio de Janeiro. Há um projeto que busca arrebanhar empresários para ajudar a estancar, a crise que ronda essa equipe centenária. A grande dificuldade vai ser reverter a arranhada imagem de um clube que vem perdendo credibilidade, ano a ano. O Guarani, no final de semana, enfrenta o Goiás, em Campinas. Precisa de um empate para não depender de outros resultados.  A terceira divisão ainda é um fantasma que atormenta.
O “novo futebol” vai na contramão das equipes tradicionais, mas endividadas. O Audax, time que disputará a segunda divisão do futebol paulista em 2012 – time que se chamava Pão de Açúcar, aquele mesmo, do empresário Abílio Diniz – já está se reforçando para a competição. Acaba de anunciar o volante Francis, ex-Palmeiras e o zagueiro Marco Aurélio, ex-Bragantino. O treinador contratado pelo diretor José Carlos Brunoro será Antonio Carlos. Juntos, os dois fizeram sucesso no Palmeiras da era Parmalat. Parceria restabelecida.  O Audax pode não ter torcida, ou camisa, mas dinheiro não falta.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Ponte Preta. Parabéns, macaca, pelo acesso.

Aquele time de 77 eu vi jogar. Em "situação normal", jamais perderia o título para o Corinthians dos vinte e pouco anos na fila. Era muito superior. Vi a Ponte Preta de 1979. Também merecia o título. Em 1981, a mesma história. Não vieram os troféus, mas a Ponte Preta sim, escreveu seu nome na história dos maiores clubes do interior do Brasil.
Carlos, o Ganso, foi meu ídolo de infância. E disse isso à ele. E, aqui no blog, lamentei quando ele foi dispensado pela diretoria, acusado de estar ultrapassado. A história NUNCA está ultrapassada. E agora vejo a Ponte Preta, de novo, voltar à elite do futebol brasileiro. É Campinas que volta a destacar-se. Os mais novos não vão lembrar, mas seus pais sim. Campinas, nos anos 70 e 80 era conhecida como "A Capital do Futebol". E tenho orgulho de ser campineiro.
Aqui, não vou falar do Guarani. Apenas da Ponte Preta, a metade de Campinas que está feliz pela conquista de uma vaga para a Série A de 2012. Tive o prazer de acompanhar, de perto, essa trajetória vitoriosa. O jogo de sábado contra o ABC-RN está entre as melhores transmissões que fizemos em todo o Campeonato. Parabéns à Ponte Preta. A torcida fez um show à parte com a música do Sidney Magal em um coro entusiasmado e diferenciado.
Fui duramente criticado por ter relatado o que vivi quando da invasão do campo, ao término da partida. Relatei o que senti naquele momento. Em nenhum instante disse mal do time ou coisa parecida. Temi porque alguns, não todos - felizmente - estiveram próximos de nos atingir, simplesmente porque empunhamos o mesmo microfone de outro profissional que é um desafeto histórico.
Mas eu entendo o ponto de vista de quem chateou-se com o relato. Tanto isso é verdade que a coluna já não está mais no blog. Além do que, sou campineiro, tenho raízes aí. Com filho e irmão frequentadores dos jogos da macaca, como poderia ter de outra maneira.
A Ponte Preta está de parabéns. Quando muitos clubes precisam de artifícios para alcançar suas conquistas, a Ponte o fez com garra, trabalho e futebol.  Era o que havia para comentar. E os insultos muitos que chegaram já foram esquecidos em um canto qualquer. Obrigado.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Eu vi um “gol contra” de um time que nem entrou em campo.

Quando a política interfere no dia a dia de um grande clube do futebol brasileiro, esse clube passa anos sem ganhar um título de expressão. Quando a política interfere no dia a dia desse clube, jogadores abandonam o barco e vão embora. Quando a política interfere no dia a dia do clube nem um treinador renomado consegue botar a casa em ordem.  Assim, lutar contra o rebaixamento vira ambição, títulos, simples utopia. Esse ano o rebaixamento não veio, mais por deficiência de outros concorrentes do que méritos próprios. E foi só o risco desaparecer, de vez, que a política incorporou-se – erroneamente – do dia a dia desse grande clube do futebol brasileiro. Foi um “gol contra” de um time que nem entrou em campo. A presidência do Palmeiras demitiu os três profissionais que faziam a assessoria de imprensa do clube. Na minha avaliação – simples comparação com os demais profissionais da mesma área, em outras agremiações – lá se foi a melhor assessoria de imprensa entre os grandes clubes do futebol de São Paulo e, talvez, de todo o Brasil. Pode ser por afinidade, dirão alguns, pode ser. Mas não sou apenas eu quem pensa assim. Quando a política interfere no dia a dia de um grande clube, continuar sendo grande vira um enorme desafio.
Sempre ouvi dizer que existem pessoas predestinadas. Isso sempre me soou um tanto quanto apelativo, forte demais para ser verdade. Mas aí o tempo foi tratando de me mostrar a verdade. E se colocarmos apenas o mundo da bola para esse critério de avaliação, posso dizer que a afirmativa é verdadeira. Vi  Ronaldo – do principio ao fim – com a camisa do Corinthians. A estréia em Itumbiara: o gol do alambrado contra o Palmeiras, em Presidente Prudente; suas partidas deslumbrantes numa final de campeonato paulista; o gol de cobertura em Fábio Costa, na Vila Belmiro; o dia em que anunciou a aposentadoria, as lágrimas coletivas e o silêncio ensurdecedor na sala de imprensa do Corinthians. E, domingo, vi outro. Um chute no gol,  um só. O gol da vitória do Corinthians foi de Adriano. Fora de forma, igual Ronaldo. Criticado, assim como foi Ronaldo. Predestinado, igual Ronaldo. O Fenômeno e o Imperador.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

10,11 e 12. Ganso, Neymar e o ano que vem. Quero ver esse Santos de perto.

Amadurecimento, reconhecimento, talento. O Santos que apenas cumpre tabela no campeonato brasileiro, e ainda assim ostenta um razoável nono lugar na classificação, enche os olhos com seu futebol vistoso. Já garantido na próxima Libertadores, acho que o Santos vai fazer um grande mundial interclubes. Se vai ganhar ou perder, é outra história. Mas eu quero mesmo é fazer minha contagem particular. “dez, onze, doze”. Quero ver, em 2012, o 10 Ganso e o 11 Neymar voando nos gramados do Brasil e da América do Sul. Tem tudo para ser um dos maiores times de futebol dos últimos tempos. E não só do Brasil. Ontem, o golaço de Ganso aos 50 minutos do segundo tempo mostra o que eu sempre vi. Para mim, Paulo Henrique Ganso, que visivelmente tem menos marketing que Neymar, é um dos maiores talentos mundiais dos últimos tempos. Joga com a simplicidade  e ousadia. E uma visão de jogo que encontrei em poucos craques do mundo. “10, 11, 12 e vamos ver se as expectativas se confirmam”.
O Figueirense brecou o Flamengo, no Rio de Janeiro. Mais que o placar, ficam as vaias da torcida rubro-negra. O Flamengo, sem dinheiro, vai perdendo também a credibilidade. E acho que nessa, vai também a vaga para a Libertadores. Tudo será questão de tempo. Ou não.
O Corinthians ganhou, de novo, nesse meio de semana. Além da vitória suada de quarta-feira contra o Ceará, em Fortaleza, ontem viu o Atletico Mineiro, em casa, bater o Coritiba. Assim, distanciou-se 5 pontos da zona do rebaixamento. Em outras palavras, vem mais leve para o duelo de domingo, no Pacaembu. Melhor, para o time paulista, que seja assim. Porque o Vasco, no sábado, pega o lanterna Avaí. E aí .... Grande abraço para você.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

E o Corinthians diz: “Inimigo assim eu quero ter muitos, obrigado Palmeiras"

O Corinthians não jogou o que dele se esperava. O Ceará estava mais de 50 dias sem vencer em casa e, mesmo muito fraco tecnicamente, impôs dificuldades aos paulistas. Julio Cesar se transformava, talvez, no maior jogador da equipe. Enquanto isso, em São Paulo, o Palmeiras fazia o que qualquer “amigo do peito” faria por um amigo necessitado. Pois bem, com o empate entre Palmeiras e Vasco, abriu-se o caminho para a liderança isolada. E ela veio com um gol do peruano Ramirez botando fim a um incomodo jejum. O Corinthians não vencia dois jogos seguidos desde julho. Quatro meses é muito tempo para quem quer ser campeão brasileiro. Mas como é de equilíbrio que estávamos falando, não chega ser um absurdo a precoce vaga alvinegra para mais uma Libertadores.
Se é para assustar-se com algum resultado, falemos então do América Mineiro. Não é noticia antiga. O Coelho fez mais uma vítima. Ao derrotar o Botafogo por dois a um, em Sete lagoas, chegou a 3 vitórias consecutivas . E o milagre ainda é possível. Embora o rebaixamento seja eminente. Assim como a vida do técnico Caio Junior que poderá, nas próximas horas, entrar para a lista dos treinadores sem clube.
Péssimo desempenho do São Paulo que perdeu em Curitiba para o Atletico Paranaense. Se tivesse vencido poderia adormecer na zona da libertadores. Mas aí vale uma frase bem antiga e atual. “De quem não se espera nada é que não vem nada mesmo”

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Saudades de um brasileirão de verdade, realmente um campeonato brasileiro.

Quando cheguei a Fortaleza, a capital cearense, para acompanhar o jogo entre Ceará e Corinthians, pelo campeonato brasileiro, passou-me uma história pela cabeça. Quão bom seria um campeonato brasileiro, realmente brasileiro. Sou dos tempos da Taça de Ouro, da Taça de Prata. Dezenas e dezenas, várias delas, de clubes de norte a sul do país se enfrentavam numa competição que tinha a cara do Brasil, suas peculiaridades, distancias, costumes e estruturas. O Moto Clube, o River do Piauí, o Paissandu, o Santa Cruz, o CSA de Alagoas. Todos numa competição empolgante que movimentava, realmente, um país inteiro.
E olha, amigos, naquela época nossos aeroportos eram bem mais acanhados, as diferenças sociais muito mais gritantes. Mas tudo se resolvia. Agora, há desculpa para tudo. A logística em nome das vantagens que interessam à meia dúzia de privilegiados. Um país do nosso tamanho não se representa com 20 clubes e só. Aí está a elite. O resto, bem, o resto não interessa. Ajuda muito pouco a encher os já polpudos bolsos dos manda-chuva de plantão. O futebol míngua e a culpa não é do torcedor, pode ter certeza.
Sem nenhuma pretensão, mas dissemos aqui, ontem, que o Gladiador estaria a caminho dos pampas. Kléber acerta com o Grêmio e ponto final. E no Palmeiras é de se estranhar o silêncio de Felipão. Mas os desdobramentos dão força è ele. Jogadores apóiam a permanência do renomado treinador. Repete-se a cena da rebelião que o atacante Kléber quis promover quando da agressão de torcedores ao atleta João Vitor. Naquela, Kleber ficou sozinho. Agora, aconteceu de novo.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Um autêntico gladiador. Kléber, Grêmio e Corinthians.

Que o atacante Kléber não vai mais vestir a camisa do Palmeiras todos nós sabemos. O destino dele é a grande pergunta. Pela minha percepção, o Gladiador acertou sua transferência para o Grêmio de Porto Alegre. A idéia seria defender o Corinthians o que só deve concretizar-se daqui a 5 anos. Se tudo correr bem, serão 5 temporadas no Rio Grande do Sul e a volta à São Paulo, em seguida, para defender o alvinegro de Parque São Jorge.
Pior que sair do Palmeiras, um dos maiores ídolos do clube, é a maneira como isso ocorre. Kléber aponta o que muitos de nós já sabíamos. O ambiente nunca foi bom entre Felipão e o grupo de jogadores. Há algum tempo ouvi até que jogadores estariam dispostos à enfrentá-lo à moda antiga, no braço mesmo.
Quando Kléber diz que 80% dos jogadores não gostam do treinador quer dizer que esse altíssimo percentual não “joga” por ele. E Felipão não caiu ainda porque é Felipão. Mas o Palmeiras que já caiu, ainda pode cair. Embora, lá no fundo, acho que tem mais candidatos do que vaga e do descenso esse time não vai sofrer. Não que não haja mais sofrimento pelo caminho.
O Palmeiras ainda alimenta uma única alegria em 2011: Tem a chance de perder para o Vasco e tentar a vitória contra o Corinthians. Seria um “presente” para sua torcida contribuir decisivamente para que o rival paulista não consiga se tornar campeão brasileiro num ano em que deu tudo errado para si próprio. E terá que ser em o Gladiador. E do jeito que a coisa anda, sem muitos outros. Que fase, hem?

domingo, 13 de novembro de 2011

Agora vai apertar. Única certeza no brasileirão das incertezas.

 Palmeiras, Avaí, Fluminense e Flamengo.  O caminho de um. Ceará, Atletico –MG, Figueirense e Palmeiras. A trajetória do outro.  Estão aí os adversários de Vasco e Corinthians, respectivamente, em busca do título do Campeonato Brasileiro. Palpite, só um palpite, mesmo. O campeão será um dos dois. Outros tantos têm chance matemática, mas não devem chegar. Assusta ver que o Corinthians teve adversários mais fáceis nas últimas rodadas e não conseguiu se desvencilhar do Vasco. Assim, não vou tecer palpites. Esse brasileirão se tem uma coisa que faz bem, é queimar a língua de quem arrisca qualquer comentário.
Não dava para acreditar na derrota do Fluminense contra o América de Minas. O mesmo América que havia derrotado o Corinthians na rodada passada. Falando em Corinthians, ouvi torcedor que saiu do Pacaembu, ontem, dizendo que esse time não merece ser campeão pelo que está jogando. Falou pela emoção do momento, não pela emoção do coração.
O Palmeiras segue sua sina, sem vitória. Tinha tudo para conseguir no final de semana. O Santos tinha tudo para perder, ganhou. O flamenguista esperava algo mais contra o Coritiba, mas não teve. E o Botafogo que parou no Vasco é o Botafogo que todos já estão cansados de conhecer.  Tudo vai se resolver na última rodada: quem cai, quem ri, quem chora. A partir de agora, vai apertar.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Estilos, estatura, habilidade. Não se compara Borges e Serginho Chulapa.

Dia desses quebrou-se mais um recorde no futebol brasileiro. Serginho Chulapa, artilheiro do campeonato brasileiro pelo Santos com 22 gols em 1983, foi ultrapassado por Borges, 23 gols no brasileirão 2011. Foram necessários 28 anos para que a marca fosse batida. Num raro momento que só o futebol pode propiciar, consegui reunir esses dois atacantes ímpares do futebol brasileiro para um bate papo, uma comparação entre eles. A conclusão da história é que não há comparação.  Serginho nasceu em São Paulo. Borges em Salvador. Serginho tem 1,91. Borges, 1,76m. Serginho era explosivo, temperamental, irreverente. Borges é pacato, tímido, de poucas palavras. Em comum só o gosto de meter a bola para as redes. Histórias do mundo da bola.
Na lama a seleção brasileira. O amistoso contra Gabão não poderia ter sido num gramado pior que aquele que vimos ontem, em rede nacional. Assim, não dá para reclamar dos estádios brasileiros. Mas dá para reclamar da CBF. Com tantos bons gramados por esse mundo afora. Tanta lama, nessa época de denuncias contra Ricardo Teixeira é, no mínimo, uma provocação.
O futebol que reverencia os gols de Borges e Serginho Chulapa chora a morte de outro atacante. Ézio, ídolo do Fluminense nos anos 90 foi vencido pelo câncer no pâncreas. O futebol fica mais triste. Ele tinha 45 anos de idade. E vai deixar saudades.  
Vem aí mais uma rodada decisiva do campeonato brasileiro. O Vasco que deu show na sulamericana quer a ponta isolada do brasileirão. Será que o Corinthians deixa? Veremos.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Dribles, gols e auto-estima. Vai, Neymar. (ou melhor, fica Neymar)

Vi os primeiros passos dele. E que passos. Passadas largas, corpo esguio, molejo bem brasileiro. O tempo forjou o inexorável. Estava diante de um gênio com a bola nos pés. Capaz de transformar jogadas em cenas, antes, imaginadas apenas na fantasia do torcedor. Para quem não viu Pelé – por favor, evitem comparações – esse foi um presente. E quis o destino que ele habitasse praticamente o mesmo espaço onde um dia o Rei deu seus primeiros passos rumo ao sucesso.
O cabelo colorido e o penteado ímpar só ajudam a solidificar uma imagem que não precisa, lá, tanto esforço para ganhar espaço. Ele ganha por si só. A cifra milionária que está em jogo é mantida sob sigilo, mas a manobra arquitetada pelo presidente do Santos merece reverência. E se transforma na referência para o futuro do nosso futebol. Neymar não deixa o Brasil antes da Copa de 2014. Parece pouco. Não é.  Basta lembrar que o menino Lionel nem cresceu no país onde nasceu. Foi levado embora ainda criança. Messi foi eleito melhor do mundo já distante de suas raízes. Com Neymar vai ser diferente. Pela auto-estima do brasileiro, a notícia é melhor que um gol de placa, que os dribles estonteantes. Mas pode ter certeza que teremos isso também.
Iria falar de outros assuntos importantes desse dia. Mas deixo para a próxima oportunidade. No momento, é vibrar com uma das maiores conquistas do esporte brasileiro nos últimos tempos. É possível segurar nossas estrelas por mais tempo aqui. Ou alguém se esquece que mal vimos o Fenômeno Ronaldo nos campos brasileiros. Quero assistir Neymar pela TV, mas no campo também. E você?

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Um feliz português de seus 40 anos.

Filho ou neto de português legítimo, ele tem hoje, 38 anos de idade.  Está no auge do vigor físico. Vive em São Paulo, uma das maiores cidades do mundo, e nesta quarta-feira amanheceu com um largo sorriso no rosto. Não é o português de antigamente, do bigodão em riste e lápis atrás da orelha. Mas é um legitimo gajo. Esse sujeito imaginário acaba de ter um sonho realizado. Pela primeira vez, vê o time dele ser campeão. Tinha 38 anos que a Portuguesa não conquistava sequer um título. E agora, dá para comemorar. O empate em dois a dois com o Sport, ontem no Canindé, foi o suficiente para a imensa festa lusitana. A Portuguesa voltou à elite.
Matematicamente, ainda não. Mas vá dizer isso aos pernambucanos do Náutico. Ontem, a festa em Recife foi enorme depois da vitória para cima do Grêmio Barueri. Tem mais duas vagas em aberto. Se o campeonato terminasse hoje, estariam na série A de 2012, também, a Ponte Preta e o Bragantino. Mas não termina. Tem ainda mais 3 rodadas pela frente. Aguardar faz bem.
Na parte baixa da tabela o suspense é menor. A gente já conhece 3 dos 4 que vão para a terceira divisão do ano que vem. Duque de Caxias, Salgueiro e Vila Nova já foram. A ultima vaga estaria hoje com o ASA, de Arapiraca. Mas como ainda restam 3 jogos, Icasa, São Caetano, Paraná, Guarani, ABC e Barueri, estão com as barbas de molho. Não é fácil, não. Mas nesse caso, tem muito candidato para pouca vaga.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Covardia no vôo JJ 3239

Não entendo porque a Polícia Federal esconde a identidade dos quatro homens que tentaram agredir o trio de arbitragem do jogo entre América e Corinthians. Agressores e o trio voltaram no mesmo avião, de Uberlândia para São Paulo quando iniciou a selvageria. As câmeras do circuito interno do aeroporto de Congonhas conseguiram flagrar os agressores.  Vão responder em liberdade e tiveram a identidade preservada. Repito, não sei o motivo.
Em Uberlândia, jogadores do Corinthians também tiveram problemas com torcedores no embarque para São Paulo. Lá a polícia não prendeu ninguém. É certo que o Corinthians não jogou nada, mas nada justifica a violência. Tem que haver punição para esses sujeitos.
O líder Corinthians não pode reclamar da sorte e nem do Santos. Os dois têm ajudado. Quem não ajuda o Corinthians é ele mesmo. Na próxima rodada contra o Atlético Paranaense, outra da zona do rebaixamento, vai ser sufoco de novo.
Neymar e Messi são usados pelos japoneses para divulgar o mundial interclubes que vai ser no Japão. Estão no mesmo nível de grandeza. Messi com mais títulos, Neymar com grande futuro pela frente.  E se der Santos e Barcelona na decisão, vai ser histórico, vibrante, emocionante. Vai ser um Brasil e Argentina, também. Aposto no Neymar. Com medo de errar, é bom que se diga.

domingo, 6 de novembro de 2011

O último e o primeiro. E um brasileirão de derrapagens e derrapagens.

O América Mineiro queria grana. Encheu Uberlândia de corintiano. O Corinthians queria 3 pontos para disparar na liderança, encheu o corintiano de tristeza. O primeiro perder do último é uma derrapagem sem precedentes.
Não foi pior para o Corinthians, porque o mais corintiano dos times do brasileirão, sem ser Corinthians é o Santos. O Santos queria treinar o time para o mundial interclubes. O Vasco queria 3 pontos para assumir a liderança. O Santos que já tinha tirado pontos do Botafogo e do Flamengo, fez mais um bom trabalho à favor do Corinthians. Pelo que pude ouvir o juiz do jogo também fez. Tirou do Vasco a chance de beliscar importantes pontos na Vila Belmiro.
Os paulistas, fora o Santos que já está com a vida ganha, decepcionam. O Palmeiras que não pense que o risco de rebaixamento não existe. Dois a zero para o Coritiba e o 13º lugar na tabela é pouco para quem chegou a pensar em ser campeão.
O São Paulo, para mim, já disse adeus à Libertadores em Salvador. Para o Bahia, vitória salvadora. Para o tricolor paulista, derrota desanimadora.
E lá no alto, que esperem um Fluminense brigando até o fim. O bi-campeonato, depois da vitoria em Porto Alegre, contra o Inter, não é mais utopia.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

“Língua de sogra” futebol clube. Não entra em campo, mas faz um barulho...

O presidente do Corinthians estranha a demora na recuperação do atacante Adriano, mas ao mesmo tempo vem a público e diz que o jogador está liberado – palavras dele – para “encher o caneco” nos dias de folga. Eu entendi bem? Foi isso mesmo? Se a moda pega...
Tem jornalista noticiando que o Palmeiras mostra interesse em contratar o argentino Riquelme para o ano que vem. Na última vez que disseram que o veterano argentino viria para o Brasil, foi mandado para Buenos Aires. Passei uma semana por lá. Ele não estava sendo contratado. Era boato. No fim, valeu pela viagem. Adoro Buenos Aires, não vou achar nada mal se acontecer outra vez.
Perguntaram ao atacante Deivid, do Flamengo, em quem ele apostaria para ser campeão brasileiro. Ele respondeu: ”Aposto em quem está na frente. Numa corrida de cavalos você apostaria no quinto ou sexto colocados?”  Não aposta no Flamengo, mas deveria. Pelo menos, nas entrevistas.
Palmeiras hoje faz treino fechado. Marcou, ainda, treinamento específico para os atacantes e folga para os demais atletas num dia da semana. É treino, mas pode chamar de puxão de orelhas. No São Paulo tem polichinelo de multa para quem não acerta um chute, um cruzamento, essas coisas. Logo agora, em pleno final de temporada. Isso mostra porque esses times torcem, e muito, para 2011 acabar logo.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A triunfante conquista não vem do Sul.

As padarias de São Paulo poderiam ter amanhecido em êxtase. Seus portugueses competentes teriam motivo para festejar. Seria o título da Lusa, conquistado por antecipação ontem à noite. Mas isso não aconteceu. Acho que só foi adiado para a semana quem. Em Santa Catarina, o Criciúma perdeu a chance de entrar no G-4. A Portuguesa de ser campeã. Um a um que não agradou ninguém, pelo placar, mas satisfez á todos que estiveram ligados na partida. Jogo digno de primeira divisão.
E vai ser assim na semana que vem, quando o Canindé vai ser o palco de Portuguesa X Sport. Se der Sport, o título poderá ser adiado de novo, e os pernambucanos poderão continuar sonhando com o acesso. Se der Portuguesa, o Sport fica para o ano que vem. As padarias entram de festa de vez.
Neymar está entre os 23 maiores jogadores do planeta. A desvalorização dólar e do euro – além da crise mundial e força brasileira – jogam do lado dele. Nunca um jogador brasileiro, atuando no Brasil, ganhou esse premio da FIFA. Estamos prontos para a primeira vez. Nós, brasileiros, e Neymar, o mais hábil jogador entre tantos brasileiros.
Tem Vasco pela sulamericana no meio de semana e ninguém se lembra. Alguém se esquece que tem Vasco no final de semana? No Brasileirão, dez em cada dez brasileiros, estão ligados. E tinha gente que não queria campeonato por pontos corridos.