sábado, 7 de dezembro de 2013

Calor obriga FIFA a mudar horário da Copa

A entidade máxima do futebol acaba de confirmar que cedeu as reclamações das seleções, sobretudo européias, e alterou os horários de diversas partidas do mundial no Brasil. Acompanhe o calendário das alterações. 

Saturday 14 June

Côte d'Ivoire-Japan, 22:00 (from 19:00) in Recife
England-Italy, 18:00 (from 21:00) in Manaus - similar conditions as at 21:00

Wednesday 18 June

Cameroon-Croatia, 18:00 (from 15:00) in Manaus
Spain-Chile, 16:00 (from 19:00) in Rio de Janeiro

Sunday 22 June 

USA-Portugal, 18:00 (from 15:00) in Manaus
Belgium-Russia, 13:00 (from 19:00) in Rio de Janeiro
Korea Republic-Algeria, 16:00 (from 13:00) in Porto Alegre

Uma desculpa a menos para quem tropeçar em suas próprias pernas. Lembrando que em 1994, nos Estados Unidos, brasileiros e italianos fritaram numa final marcada ( e mantida ) para 12:00 num calor sobrenatural. 

E bola para frente. 

segunda-feira, 6 de maio de 2013

O futebol evoluiu, os penaltis não.

A bola é cada vez mais leve, portanto ganha mais velocidade. As chuteiras são cada vez mais sofisticadas, portanto permitem melhor desempenho ao batedor. Mas o goleiro, não. Esse segue proibido de mover-se além da linha fatal. Geralmente, se cumpre a regra, está fadado ao fracasso. Resumo da ópera. O futebol evoluiu, mas as regras dos penaltis seguem tão arcaicas quanto a maior parte dos dirigentes do futebol mundial.
Alguns vão dizer que estou escrevendo aqui para defender Rogério Ceni, no penalti da confusão no último final de semana. Não, juro que não é isso. Rogério Ceni é tão culpado quanto todos os outros goleiros que tentam freneticamente reverter uma história com final feliz, para os atacantes. Goleiro que não se adianta, nem adianta, não vai salvar seu time. Rafael, do Santos, tinha feito a mesma coisa, na véspera. E levou seu time à decisão do paulistão 2013. Cássio também, diga-se de passagem. "Adiantei menos do que ele. Eu adiantei só um pouquinho", confessou o vitorioso arqueiro, momentos depois de ajudar seu time chegar à final do Paulistão.
Se a regra for aplicada, se Corinthians e Santos decidirem nos penaltis, quantos penaltis "vão voltar", pelo fato dos goleiros terem se adiantado nas cobranças ? Se a ultrapassada regra for seguida à risca, vários deles serão cobrados novamente.
O juiz de domingo acertou. Erram todos aqueles que não julgam necessário mudar as regras. Ou então, que tirem os goleiros e deixem os cobradores executarem o tiro na marca fatal. Cuidem, apenas, para que eles não errem o alvo, mesmo assim. Alguns erraram, com os goleiros adiantados e tudo. Mas é o futebol. Não tivesse polêmica e os 90 minutos teriam ficado para trás. Ninguém mais estaria comentando.
Mas volto a dizer. Parabéns ao árbitro de domingo. Rogério Ceni apostou suas fichas de que ele não teria coragem de voltar o último penalti da sequência. Acertou na defesa, errou na decisão. Azar de Rogério Ceni e sorte de Cássio. Agora, não adianta lamentar.
Rogério Ceni comemora 100º na vitória contra o Corinthians

Cássio em entrevista especial como campeão mundial

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Surra ao Barcelona descera a Imigrantes ?

Há quem aposte num mecanismo obvio para desviar o foco após um tropeço, uma noticia bomba que possa fazer mais barulho que o tropeço propriamente dito. E a contratação de Neymar cumpriria muito bem esse papel. Ou nao?
Eu conversei, há uma semana, com a revelação Santista. Neymar me garantiu que vai cumprir seu contrato com o Santos até o final, em 2014.
Mas eh claro que dinheiro d circunstancias podem alterar o futuro. Aguardemos novas investidas.
Seria um antídoto a uma bomba que explodiu em Barcelona após os 4 a 0 para o Bayern, fazendo explodir as estruturas da vila Belmiro. Esperemos.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Vergonha olímpica nas argolas. Mas nao apenas nelas.

Acompanhei o desabafo do ginasta Artur Zanetti, nosso medalha de ouro na ultima olimpíada. Nosso? Sem apoio, o campeão nas argolas, diz que pode defender outra nação no Rio 2016. Tudo, pela suprema falta de apoio do Comitê Olímpico Brasileiro que enriquece, mas nao eh capaz de ir além da distribuição de migalhas aos nossos principais nomes do esporte brasileiro. A maioria dos quais alias, conquistaram posição de destaque por méritos individuais e nao através do suporte das entidades que eles representam.
Seria mais uma vergonha se o nosso Zanetti, no pais olímpico, subisse as argolas com o uniforme de outra nação. Subiríamos ao mais alto degrau da nossa incompetência e insensatez.
Nao eh a primeira vez que ginastas reclamam do tratamento recebido do COB. Esportes individuais tem essa facilidade. Esportes de grupo reúnem varias mensalidades e interesses. Parabéns e boa sorte, Artur.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Paulistão 2013. Será que os mandantes vão mandar ?

No duelo caipira tem Mogi e Botafogo, em Mogi Mirim. Vai ser equilibrado, mas apostaria minhas fichas no mandante. Um time SRM estrelas, mas com boa aplicação tática e um jovem e promissor comandante: Dado Cavalcanti que tem apenas 30 anos de idade.
São Paulo, mesmo com duelos decisivos pela libertadores, nao deve ter problemas contra o bom penapolense.
Ponte e Corinthians, se fosse na loteria esportiva, marcaria jogo triplo. O Corinthians eh o afinado campeão do mundo e a macaca, o time que menos perdeu no campeonato.
Pela pressão e suas dificuldades, o Palmeiras tem menos chance que o mandante Santos. Mas o peixe tem sido irregular. O Palmeiras, de vez em quando também surpreende positivamente. Outro jogo triplo, com ligeira vantagem para Neymar e companhia.
Copa do Brasil para uns e libertadores para outros devem aumentar o grau de dificuldade e a emoção desses confrontos.


domingo, 21 de abril de 2013

Ganso. Uma referencia no Sao Paulo

O desempenho contra o Atletico MG pela Libertadores, transformou Ganso numa referencia aos mais jovens, no tricolor. A aplicação nos treinos e a humildade para ouvir e obedecer seus comandados, tem sido a mola propulsora da comissão técnica aos demais atletas do grupo, sobretudo os mais jovens.
Hoje, contra o Mogi Mirim, num elenco recheado de emergentes, veremos o quanto essa conversa foi importante Aguardemos.

sexta-feira, 1 de março de 2013

QUE EU VI, EM CAMPO, FOI O MAIOR. PARABÉNS, ZICO...

"Azar o seu que não viu Pelé jogar, ao vivo. Eu vi". Zico me disse essa frase há alguns meses, quando tive a imensa oportunidade de fazer mais uma entrevista com ele. Um ser humano espetacular, sem estrelismo - e teria motivos para isso - sem arrogância, sem ignorar qualquer pedido para uma foto, um autógrafo, um abraço.
O Galinho de Quintino foi um dos maiores atletas do mundo. A minha idade não permitiu ver Pelé, em campo. Naturalmente que o Rei do Futebol foi maior, aos olhos da humanindade. Mas eu vi Zico em campo, estava no estádio. E sempre me dava prazer vê-lo jogar. Agora, o admiro como pessoa, como ser humano "comum", com um ex-atleta.

A humildade não se mede pelo talento ou pelas conquistas. Mas sim pelo caráter. E essa é mais uma lição que o eterno camisa 10 do Flamengo deixa à todos: jornalistas, atletas, dirigentes, ex-atletas, enfim. Nesse bate papo ao lado (com o amigo de profissão, Márcio Campos) uma conversa que foi muito além daquela pela qual nos preparamos. Zico falou da vida pessoal, da seleção brasileira - um capítulo à parte foi a Copa de 82, quando perdemos para a Itália - e, pasmem, nem tocamos no assunto Copa de 86, quando Zico perdeu um penalti contra a França e nos penaltis fomos eliminados pelos Europeus. Deixa para lá.

Lembrei à ele do Canal 100. Nos meus tempos de juventude, não perdia uma sessão de cinema. O Canal 100 exibia, sempre, grandes lances do futebol do Rio de Janeiro. Quase sempre, genialidades do Galinho. As exibições eram antes dos filmes começarem. Por várias vezes eu ficava até minutos antes de começar a sessão seguinte, para ver Zico, de novo. Ele se divertiu. A gente mais ainda, com certeza. Esse gênio do futebol está fazendo 60 anos. Certas pessoas não deveriam (não poderiam) envelhecer. Queria, para sempre, vê-lo em campo. Lembro-me de uma frase marcante de Luciano do Vale, o mestre da narração esportiva. "Não há palavras para descrever o gol de Zico". Falei sobre isso com ele. "Se ele que tem o dom das palavras não às encontrou, vou dizer o que?". Eu acrescento, Zico. "Não há palavras para agradecer ter tido a chance de, mais uma vez, estar perto de uma das maiores satisfações dos tempos de menino". Ele é o "culpado" pela paixão que tenho pelo futebol. Um "GG", gênio e gentleman. Parabéns, Galinho.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Deixem o Palestra em paz, burocratas.

Gilberto Kassab. Café com promessa.
Ainda me lembro do então prefeito Gilberto Kassab em visita ao Palestra Itália, prometendo que iria intervir no alvará para o novo estádio do Palmeiras. A intervenção não veio e a construtora parecia prever que não passaria de uma promessa política, mais uma.
E assim seguiu-se a rotina. Parte de um dos anéis foi mantida para caracterizar reforma e não obra nova. Elevou o custo, fez-se uma reengenharia do local, atrasará a obra. Mas tocou-se adiante, para que os compromissos, não políticos, fossem - esses sim - honrados.

E agora vem a justiça para intervir, para averiguar. E porque não dizer, para atrapalhar o que vai de vento em poupa. Para dizer a verdade, não é preciso um perito para verificar o que está ali, estampado para qualquer leigo ver: a construtora manteve parte do anel do estádio, exatamente para evitar esses dissabores. E a burocracia entra em campo, outra vez.
Não há nada mais importante para fazer ? Será que as intervenções por conta do impacto de outras obras está indo à contento? Falo do Shopping ao lado, do bairro novo que está surgindo após a ponte da Avenida Pompéia, da mudança na lei de zoneamento que agora permite a construção de enormes (e caros) edifícios residenciais próximos ao Parque da Água Branca. Ora, há mais o que fazer do que atrapalhar o que está sendo feito dentro das regras. Ainda que as regras tenham sido equivocadas, movidas por interesses diversos que a gente imagina e não pode provar, portanto, não se pode escrever.

Alô, Conmebol, tem alguém aí ?

A exemplo das entidades máximas do futebol, cada qual à sua esfera, a Conmnebol parece formada por um grupo de amigos que envelheceu no poder e no poder vai se eternizando. Não quero julgar aqui o mérito da questão, se há ou não razão na proibição da presença de torcedores nos jogos do Corinthians na Libertadores. Não é esse o caso. O caso é que a entidade teria que ter, ao meu ver, julgado o mérito da questão. Não fez isso. 
Nicolás Leoz, presidente da Conmebol.
Não há maior desrespeito ao código do torcedor do que ele não saber se poderá ou não acompanhar os jogos com os ingressos pelos quais ele já pagou. Ora, julgue-se o mérito imediatamente e, à partir daí, os torcedores poderiam pedir ressarcimento (ou não) por eventuais prejuízos.

Não entendo a morosidade da Conmebol. Como não entendo a agressividade de muitos torcedores. O futebol, que há muito deixo de ser paixão para ser violência e dinheiro, sobrevive porque ele é um forte. Ele é o futebol. Mas temo pelo futuro.

E o Palmeiras nem viu...

Ele tem 21 anos de idade. É meia esquerda. Fez muito sucesso no futebol do Qatar. E poderia ter feito história com a camisa do Palmeiras. Passou seis meses no time B do Palmeiras e, sequer, foi relacionado para um coletivo junto ao time principal. Isso tudo, no auge da crise alviverde, ano passado. Crise que culminou com o rebaixamento da equipe no Campeonato Brasileiro. Crise que fez com que até um assessor de imprensa fosse chamado pela comissão técnica por falta de jogadores no elenco. E Netinho estava lá, todo o tempo, esperando por uma oportunidade. E a oportunidade não veio. E agora, ele está pronto para reescrever sua história.

Deixar o futebol do Qatar foi uma decisão particular de Netinho. Seu clube não queria libera-lo, pelo contrário. A idéia era naturalizar o alagoano. Mas ele não quis. Quis voltar à pátria para mostrar, aqui, sua capacidade. E o Palmeiras nem viu.

Netinho vai jogar a série A-dois do Campeonato Paulista pelo Rio Branco de Americana, equipe que está se reforçando com grandes atletas e, certamente, vai lutar pelo acesso à elite do futebol nacional. E junto com ela, está Netinho.

O jogo de estréia dele vai ser transmitido pela RedeTV no mês de março, dia 17, contra a Portuguesa, no Canindé. Não se assuste se, rapidamente, ele chamar a atenção de grandes clubes do futebol brasileiro. E ele estava no Palmeiras e o Palmeiras nem viu. O contrato de Netinho com a equipe de Americana vai até o final do Campeonato Paulista. Aguardemos.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

ACABAR COM OS CLÁSSICOS NO FIM É O FIM. SINALIZAMOS INCOMPETÊNCIA.

A decisão da CBF de acabar com os clássicos regionais nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro mostra a total incompetência das nossas autoridades para enfrentar a violência das torcidas no nosso futebol. Pelo que soube, as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, à pedido da Polícia Militar, não comportam dois clássicos nos mesmos dias e horários. Então, para não serem obrigados a transferir partidas importantes para o interior, deu-se a medida.

Ora, amigos. Estamos diante do atestado claro da total incompetência das nossas autoridades para acabar com as gangs, com o vandalismo, com a violência que contaminou sem pena, o esporte mais popular do país. Ou não é isso ?

Sinalizamos, uma vez mais, que aquele sinalizador que matou o menino boliviano não foi obra do acaso. Foi obra de uma impunidade que nossas autoridades não conseguem mais conter. Não adianta acabar com as torcidas organizadas. Elas se encontrariam longe das praças esportivas para dar vazão ao seu lado desumano.

O país da Copa do Mundo, da Olimpíada, dá sinais claros de que não tem controle sobre suas pessoas e, claramente, somos todos vítimas em potencial de uma violência gratuita. Basta que estejamos no local errado e na hora errada. E quantos, inocentes, não estão em locais certos, mas cercados de pessoas erradas, imbuidas de intenções deturpadas ? O pequeno Kevin foi apenas mais uma das vítimas.

E se a justiça da Bolívia é mais rigorosa que a do Brasil, não há muito mais o que acrescentar. Estamos perdendo o jogo pela vida, pela paz. E de goleada.