domingo, 31 de julho de 2011

O dever, em casa ou fora dela.

3 a 2. Um placar que sugere um jogo de emoção. E foi. Em Santa Catarina, o Avaí venceu a primeira partida em casa no campeonato brasileiro. E não foi qualquer partida. Foi contra o líder Corinthians. De virada. Ainda não suficiente para deixar a zona do rebaixamento. Mas uma vitória para dar confiança.
3 a 2 para largar a lanterna. Ainda não tirou o time da zona da degola, também. Mas devolve a esperança. Foi em Curitiba e o Atlético Paranaense trouxe o  Santos para o grupo dos quatro últimos. É bem verdade que a equipe paulista tem três jogos a menos que os concorrentes. Mas a posição incomoda – desculpe o trocadilho – incomoda.
E Ricardo Gomes não servia para o São Paulo, que coisa, hem? E o Vasco de Ricardo Gomes meteu dois a zero no tricolor, que jogava em casa. E Adilson Batista foi chamado de burro pela torcida.  Seria dele a burrice maior?
Dos grandes de São Paulo, só o Palmeiras ganhou na rodada. Derrotar o Atlético Mineiro não chega a ser uma surpresa.  Dos grandes do Rio, nenhum perdeu. E o Flamengo vai botar pressão, brigar pelo título.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

A placa e a memória.

José Macia, o Pepe, considera-se o maior artilheiro da história do Santos Futebol Clube. E é na linha de raciocínio dele. “Pelé é de outro planeta” argumenta o canhão da Vila Belmiro.  Na autoridade dos seus 450 gols, Pepe considera que o gol de Neymar - e, no final das contas o jogo com um todo – pode ser um sinal de esperança para o futebol brasileiro, que caminha para um estilo de jogo truculento, mais preocupado em se defender do que atacar. Pela memória, vê semelhanças com o futebol do mesmo Santos dos anos 60. Enquanto isso, a diretoria do Santos pensa em botar uma placa na Vila Belmiro pelo gol da rodada de meio de semana. Mais adiante, Pepe vai numa suposta mácula/ferida. “Não culpem as defesas pelos nove gols. Estávamos diante de craques foras de série, é praticamente impossível que um sistema defensivo consiga detê-los”, concluiu. Análise de um dos maiores atacantes que o futebol brasileiro já teve. Hoje, um senhor de 76 anos. Mas a história, os livros e os vídeos estão aí para comprovar os feitos e efeitos produzidos pelos chutes precisos do velho Pepe.
Cirurgia plástica corretiva no joelho de Luis Fabiano foi um sucesso. Adriano já aparece no gramado para seu trabalho físico. Ronaldinho Gaúcho está aparentemente mais magro e visivelmente disposto a voltar aos velhos tempos. Com Neymar voando por aqui, mais Lucas e outros não tão jovens como Rivaldo, cria-se uma expectativa em torno desse brasileirão. Tem tudo para ser um dos melhores dos últimos anos. Tomara que seja.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

A verdadeira força de marcação do nosso futebol.

Na noite em que Elano fez ressuscitar o fantasma recente da Copa América, o futebol levou a melhor. A cavadinha, na hora do pênalti, foi nada. Nem a maneira esnobe do goleiro adversário. A noite foi da genialidade. De placares dos velhos tempos, dos tempos de Pelé. Neymar, ontem à noite, fez gol de Pelé. E Ronaldinho Gaúcho fez o que muito flamenguista já nem acreditava mais que fosse possível. E o Santos estava 3 a 0 na frente, e o Flamengo – com Ronaldinho três vezes – foi quem sorriu. O único invicto do campeonato brasileiro segue invicto depois de um histórico 5 a 4 no palco que foi e é o eterno palco do Rei.
Longe dali, na capital paranaense, a lógica de um esporte que não tem lógica. O São Paulo aplicava 4 no Coritiba. Quatro a zero. E o coxa ainda teria um jogador a menos para presenciar essa história. E o São Paulo teve que lutar, e muito, para não perder os três pontos que estavam nos pés de um menino chamado Lucas e de um senhor que atende pelo nome de Rivaldo. Deu 4 a 3, ao apito final. Outro placar que lembra o placar dos tempos de Pelé.
Só nesses dois jogos 16 gols. E o sentimento só não é de alegria total porque fica a sensação de que 90 minutos é muito pouco diante do que eles tinham para mostrar. A rodada de ontem merece ficar na memória. Que sirva de inspiração.  Que a nossa força de marcação seja essa:  a força para marcar belos gols como aqueles que assistimos ontem à noite.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Quando vencer pode não ser um bom negócio

A goleada que engana foi registrada ontem, em Campinas, pela série B do Campeonato Brasileiro. O Guarani não vencia uma partida havia oito rodadas de um total de treze jogos. Não fosse a vitoria por 4 a 0 para cima do pior time do torneio, e o ânimo poderia ser um pouco maior. Ao menos psicologicamente, o Bugre está refeito para brigar. Ainda está na zona do rebaixamento. O mais próximo, entre os outros dezoito, do lanterna Duque de Caxias. E aí, da para comemorar?  Que essa vitória não engane.
A Portuguesa segue líder e no sábado faz um grande duelo contra a Ponte Preta, em Campinas – outro time candidato ao acesso para 2012. Não fosse o jogo do interesse – inclusive financeiro – e a série A poderia, muito bem, ter 30 ao invés de 20 clubes. Tenho saudade do Brasileirão dos anos 80.
Mestre Telê Santana teria feito, ontem,  80 anos de idade. A mesma idade que outro mestre, Zagallo, completa nos próximos dias. Em comum entre os dois: foram craques com a bola nos pés, vencedores como treinador e a personalidade... Só quem conviveu com essas feras para testemunhar. Merecem todas as referências.
Gravata solta. O Palmeiras, com sérios problemas financeiros, vinha brigando com o Corinthians há mais de 10 anos. Agora, ganhou a ação no caso do lateral direito Rogério, que deixou o alviverde para defender o alvinegro. O Palmeiras tinha direito a um percentual que não foi pago. Agora, terá que ser. O valor R$ 40 milhões.  Quem deve tem que pagar.

O bate-papo com um bi-campeão mundial. E o comando da seleção que vai mal.

Eu não havia nascido quando aquele senhor, hoje, de cabelos brancos e pausa nos gestos e na fala desfilou sua habilidade pelos campos de futebol do Brasil e do Mundo. Nos anos 50 e 60 ele era titular de qualquer seleção que o torcedor ousasse imaginar. Um meio campista de liderança absoluta e futebol preciso, quase burocrático em busca de perfeição.  Ele nasceu em Roseira, cidade do interior paulista, no Vale do Paraíba, está radicado em Santos, onde brilhou no time que tinha Pelé e companhia. Encontrei-me com Zito, o volante que, mês que vem, completa 79 anos de idade. É sempre um prazer a companhia tão agradável e de muitas histórias para contar. O mestre Zito , sempre solicito, falou dos amigos Pelé, Pepe e tantos outros inesquecíveis do nosso futebol. E ainda me disse sobre a vida de um ex-atleta de futebol. ”A carreira dá, mas a cabeça toma” disse o ex-campeão mundial  com a seleção brasileira nas Copas de 58 e 62.  “É preciso inteligência para viver depois que a bola para de rolar”, ensinou. E pensar que ele e muitos ex-jogadores não são aproveitados nos clubes aonde brilharam, escreveram a própria história. E pensar que muito atleta, hoje, erra sem saber que a vida vai lhe cobrar ali na frente. Zito tem vida financeira tranqüila, teve vida profissional irretocável. Deveria ser a inspiração e a aspiração dos mais novos. Pena que a nossa gente não tem como ponto forte valorizar a própria história.
Adeus a Sérgio Batista, depois do fiasco da Argentina na Copa América ele deve ser demitido do cargo de treinador da seleção daquele país. Fique à vontade, Mano Menezes, depois do fiasco do Brasil na Copa América ele já convocou a seleção para mais amistosos. E com novidades como Ralf, do Corinthians. E o Luis Gustavo. Quem? Eu não conheço. Falaram para ele que o negócio era renovação. Então, se segura aí que deve vir mais. 2014 ainda está longe e não teremos eliminatórias. Mas teremos que rezar, e  muito.

domingo, 24 de julho de 2011

Emperrou geral no alto. Lá embaixo também.

Nos extremos do campeonato brasileiro a prova viva do extremo equilíbrio dessa competição. Dos quatro clubes que estão no alto da tabela, os três primeiros tropeçaram. O Corinthians perdeu sua invencibilidade diante do Cruzeiro. O São Paulo ficou no empate contra o Atlético Goianiense e o Flamengo também empatou com o Ceará. Todos jogando sob seus domínios. O único vencedor entre os quatro primeiros foi o quarto colocado, o Vasco da Gama que derrotou o Clube Atlético Mineiro.  Detalhe. Jogando na casa do adversário. E, nesse caso, vingança pouca é bobagem. O destaque da partida foi Diego Souza. Ele marcou os gols da vitória cruzmaltina. O mesmo Diego Souza que, outro dia, foi mandado embora do Atlético Mineiro.
E segue a emperrada geral, agora na parte baixa da classificação geral. Dos 4 últimos, só uma vitória. Justamente o lanterna Atlético Paranaense. O Furacão bateu o Botafogo, jogando em Curitiba e, de quebra, botou uma corda no pescoço de Caio Júnior. O treinador pode perder o emprego com mais uma derrota à frente do alvinegro carioca. Outros que estão mal na tabela, provam os motivos dessa condição.  O Avaí tomou 3 a 1 do Internacional de Porto Alegre, em Florianópolis;  O América Mineiro recebeu o Figueirense e empatou sem gols e o Atlético Goianiense até poderia estar vibrando com o empate diante do tricolor paulista, no Morumbi. Mas pelo conjunto de sua obra, um ponto é pouco para quem está afundando na classificação. Só foram 11 rodadas até agora. Mas é aquela história. Em competição por pontos corridos, não adianta acumular lágrimas para depois. É chorar já ou reagir para não chorar depois.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

O joelho do artilheiro. Fair play à liderança.

Uma artroscopia no joelho pode tirar Liedson do Corinthians por até cinco semanas. Logo agora que o time dispara na liderança. Logo agora que seus gols, sempre importantes, seguem de importância incomparável para quem quer acumular as gorduras necessárias para o sonho de conquistar o título da temporada 2011. De quebra, também fica no estaleiro o goleiro Julio Cesar herói do dedo quebrado na rodada do meio de semana. Menos mal que na posição tem o jovem e bom goleiro Renan. Aliás, os maldosos de plantão disseram que as lágrimas de Julio Cesar no momento da contusão, não eram apenas de dor. Tinham relação com a “sombra” de Renan que pode entrar e não deixar mais o time. Vai saber, não é ?! Independentemente disso, chega o momento do discurso virar prática. TIte sempre salientou que o grande destaque do Corinthians tem sido o conjunto. “Mesmo com a mudança de uma ou duas peças, a equipe mantém o mesmo padrão”. Chegou a hora de fazer o teste.
Fair play não passa de hipocrisia, diria o poeta. O caso Kléber ainda vai dar muitos pano para manga. Tudo por conta de um lance de fair play não respeitado pelo atacante alviverde. Tudo bem que o desfecho da jogada foi ridículo. Pior a atitude do Gladiador. Mas é sempre com ele as confusões. Nem dá para estranhar mais.
Portuguesa, Ponte Preta, Paraná Clube e Americana. Se a série b terminasse hoje seriam essas as equipes na elite do Brasileirão em 2012. Mas não termina. Muita água ainda vai passar por baixo dessa ponte. Hoje tem rodada, sábado também. Tudo pode mudar. Ou pode ficar tudo como está.  

quinta-feira, 21 de julho de 2011

A torre de Babel do nosso futebol

Cañete, Martinuccio, Ivan Piris e Manuel Lanzini. E por aí vai. Pode parecer competição internacional, mas são nomes que entram para valer no futebol brasileiro. Na ultima janela de transferência, argentinos e paraguaios ganham espaço por aqui. A questão é: não temos reforços à altura por aqui ou os “importados” são mais atraentes financeiramente falando? O que você acha?
Palavra de político. Não haverá dinheiro público para a construção de nenhum estádio para a Copa do Mundo de 2014. Certo? Isso foi dito aos quatro cantos, em alto e bom som. Só te peço uma coisa. Não acredite no que eles disseram. O Governo do Estado acaba de informar que vai “investir” R$ 70 milhões no Estádio do Corinthians. O dinheiro será usado para o projeto de ampliação de 20 mil lugares no dito estádio. Assim, o palco de Itaquera estaria apto a receber a abertura do mundial de futebol em 2014. Não é essa a questão. A questão é o dinheiro público em obra particular. Não será a primeira e, infelizmente, também não será a última vez. Com dinheiro alheio é fácil fazer planos. E o presidente do Corinthians chorou durante cerimônia que apresentou essa novidade. Não seria o povo que deveria chorar?
Em noite de poucos gols um goleiro merece todos os elogios. Na vitória do Corinthians contra o Botafogo, o goleiro Julio Cesar sofreu de dor com uma luxação no dedo. Como o time tinha feito todas as alterações ficou até o final. E no final, recebeu o abraço dos companheiros quando veio o gol da vitória. Aquele que manteve o Corinthians ainda mais líder do Brasileirão.

terça-feira, 19 de julho de 2011

A gravata, a chuteira e o bom senso.

No auge de sua idade produtiva, mal deu tempo dele engrossar a lista daqueles que ficam sem emprego no nosso país. Aos 33 anos de idade, ele se viu “na rua da amargura”, como se diz no ditado popular, em Maio quando chegou à conclusão de que não poderia mais encarar o concorrido mercado de trabalho na maior cidade do país. Pendurou à chuteira, literalmente, e foi à luta. Nada melhor do que voltar à um lugar onde apresentar o currículo torna-se, por razões óbvias, fora de qualquer cogitação. Assim, Fernandão, campeão do mundo como jogador do Internacional de Porto Alegre, começa a sua carreira de dirigente no clube gaúcho. Não dá para avaliar se Inter e Fernandão fizeram a coisa certa. Um estava sem emprego, o outro, com a necessidade de mostrar à opinião pública que ídolos são sempre ídolos – ainda que Paulo Roberto Falcão ainda nem tenha secado as lágrimas da sua demissão do cargo de treinador, poucas horas antes. A gravata, a chuteira e o bom senso.
O fio do bigode vale mais que um papel assinado. É um termo antigo, mas ainda usado, sobretudo nas cidades do interior, e da boca dos mais velhos, principalmente. Então, um pré-contrato vale até menos do que a palavra assumida, não é mesmo? Deveria ser assim. O Palmeiras vai à FIFA para fazer valer seu direito da compra dos direitos federativos do meia Martinuccio, ex-Peñarol do Uruguai. O argentino assinou o tal pré-contrato com a equipe paulista, mas apareceu no Rio de Janeiro, fez exames médicos para defender o Fluminense. A FIFA vai entrar na jogada e a multa é de R$ 50 milhões. E lá se vão os fios do bigode.
Pergunta que não quer calar: Não seria o caso de aprendermos com o futebol uruguaio? País pequeno, jogadores menos badalados, excelente futebol. Outro Maracanazo à vista?

segunda-feira, 18 de julho de 2011

A República da bombacha e do chimarrão

Na República da bombacha e do chimarrão, Mano Menezes escolhe as palavras para tentar uma justificativa. Na República da bombacha e do chimarrão, Paulo Roberto Falcão não escolhe o que dizer. Prefere as lágrimas. Em comum, Mano Menezes e Falcão contabilizam seus fracassos. O primeiro, à frente de uma seleção cheia de estrelas, mas que não conseguiu brilhar na primeira competição efetivamente importante que disputou. Os amistosos já vinham ruins, sempre com derrotas para adversários mais tradicionais. O outro, à frente de um time tradicionalmente forte – de Libertadores e Mundial – mas que apanhou de goleada em seu próprio chão batido, de um adversário desde sempre odiado. Um colorado e um gremista. Duas histórias longe de entrar nos últimos capítulos. Mano segue à frente da seleção brasileira, no cargo mais cobiçado – e às vezes amaldiçoado – do futebol nacional. Falcão seguirá no futebol, seja na área técnica ou no conforto de alguma cabine de transmissão. A República da bombacha e do chimarrão vai viver novos capítulos, pode ter certeza.
Uma dúvida que trago comigo. É melhor um treinador assumir uma equipe que está brigando na parte alta da tabela, com resultados expressivos e cheia de craques ou é melhor pegar um time que precisa mudar tudo, onde tudo está errado e qualquer mudança merece fogos e elogios? Quem está no topo carrega a tendência de, em algum momento cair. O inverso também costuma ser verdadeiro. Ou não? Bom, isso o paranaense Adilson Batista vai descobrir com o passar dos dias. Fazer uma boa campanha como treinador do São Paulo pode ser importante para o clube, mas para ele também deverá ser. Para apagar a imagem dos últimos tropeços. O São Paulo estava em alta, ele em baixa. Pode ser que esse encontro renda bons frutos. Esperar é preciso.

Ao mestre com carinho.

Joel Santana levou o Cruzeiro à vitória contra o Bahia de Jobson , jogador problema que foi dirigido pelo próprio Joel nos tempos de Botafogo do Rio. Deu gol de Jóbson pelos baianos, deu em 3 pontos para a equipe de Minas Gerais.
Deu São Paulo contra o Internacional, em Porto Alegre. Boas vindas ao novo treinador da equipe paulista. Adilson Batista contratado na última semana. Ao mestre, com carinho.
O poderoso chefão garantiu. Mano Menezes continua à frente da seleção brasileira de futebol, mesmo após a eliminação ridícula diante do Paraguai. Deve ser porque Mano Menezes  conseguiu levar o Brasil à uma campanha comparável à da Argentina. Anfitriã que igualmente decepcionou e também está de fora da Copa América.  Agora, culpar o gramado pelos pênaltis que os brasileiros erraram? Só faltava dizer que a gente tinha que comer aquele gramado. Ninguém é burro.  Aliás, zebra é o bicho da Copa América. Para consolar a seleção do Brasil, só mesmo a seleção da argentina.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Porque a cobra não tem asas?

Sinceramente, não entendo porque a cobra não tem asas. No meio de uma polêmica envolvendo uma possível transferência para outra equipe que disputa o brasileirão, o atacante Kleber, do Palmeiras, faltou à parte do treino de ontem porque teria passado a noite numa balada e porque alegou não saber do treino matinal. Depois do mal entendido, treinou no campo e pode, finalmente, voltar a defender sua equipe. Domingo, justamente contra o Flamengo, que fez propostas para levá-lo embora. Como se trata de Kleber, o Gladiador, não é possível cravar que ele joga ou que não joga, dando margens às velhas especulações.
Enquanto isso, em silêncio, com absoluta simplicidade e praticamente nenhuma badalação, o também atacante Willian – esse jogador do Corinthians – segue sua batalha para fazer a torcida alvinegra, nem sofrer com a ausência do Imperador. Enquanto Adriano continua sua recuperação física, Willian segue fazendo sua parte, em gols. Com o ultimo que ele marcou ontem, contra o Internacional de Porto Alegre, o Corinthians abriu seis pontos em relação ao segundo colocado. Isso, com um jogo a menos que seus principais concorrentes.  Willian tem custo benefício. Kleber tem a badalação. Deus não dá asas à cobra. Porque? Também gostaria de saber.
E o Itaquerão? Pelo jeito, vai mesmo ser o estádio da abertura da Copa do Mundo da FIFA em 2014. Até lá, vamos pagar muitos impostos, taxas, etc e tal.
Reviver os velhos tempos do futebol na minha terra natal. Amanhã é dia de derbi, em Campinas. Ponte Preta e Guarani, no Estádio Moisés Lucarelli. A Ponte está na parte alta, o Guarani na rabeira do Campeonato. Mesmo assim, não tem favorito. Só porque dérbi é dérbi.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Talvez o Brasil não conquiste a América. Mas alguns brasileiros...

Novidades não param em meio à fraca Copa América disputada pela seleção brasileira no país vizinho. Os russos – do time onde joga Roberto Carlos – aparecem dispostos a bancar 50 milhões de euros para contar com o futebol de Paulo Henrique Ganso.  Neymar segue como o sonho de consumo de clubes do porte de Barcelona e Real Madrid. Dirigentes dos clubes espanhóis passam uma temporada insistente na Argentina à espera de um acordo milionário. Caneta e papel na mão em busca de uma assinatura que garanta a transferência de continente do jovem santista. Tudo isso à margem de um Brasil apático. Que fez sua obrigação. passar pelo Equador, chegar as quartas-de-final. Se ficar com o título da Copa América, terei a língua queimada.
Queimou a língua quem achava que a abertura da Copa de 2014 não seria em São Paulo. Agora, parece que vai ser. Do jeitinho que os articulistas articularam: no Estádio de Itaquera. Lembro-me que fiz essa aposta com o presidente do Corinthians – chefe da delegação Brasileira na Copa da África do Sul. Em Joanesburgo  ele jurava que não.
Não posso deixar de comentar. E o Julio Cesar, hem? Será que o goleiro do Brasil vai continuar sendo ele até quando? Da Holanda ao Equador, já deu tempo de pensar e repensar. O que você acha?

terça-feira, 12 de julho de 2011

A contusão, o dinheiro e o martelo. Agora vai, Kleber?

Entre o começo da novela e o último capítulo foram longos 24 dias. Em se tratando de futebol, uma eternidade. Ontem à noite a diretoria do Flamengo bateu o martelo. Era a desistência oficial de contratar o atacante Kleber, do Palmeiras.   Não se surpreenda se o Gladiador se recuperar daqui até domingo. Não tem contusão que resista a uma negociação. Nem que seja o fim de uma negociação.  Ironia pouca é bobagem. O tal sétimo jogo de Kleber – aquele que proíbe transferência para outra equipe do mesmo campeonato – vai ser justamente contra o Flamengo.  Esse mundo é mesmo uma bola, não?
Poucos valorizaram a vitória da Argentina contra a Costa Rica, um time convidado às pressas para a Copa América, no lugar do Japão. Um time sub-20, apenas. Mas os argentinos venceram e se classificaram para a próxima fase. E o Brasil que hoje pega o Equador? Os adversários ainda não fizeram um gol sequer nessa Copa América. Galinha morta. Mas não ganha não, para ver. Até um empate serve, em termos de classificação. Em termos de crítica, só a vitória – e uma boa vitória – pode interessar.
Portuguesa, Ponte Preta e Americana são os 3 primeiros na classificação geral da série B. Corinthians, Palmeiras e São Paulo são os 3 primeiros na classificação geral da série A. Os clubes paulistas em alta. Supremacia óbvia. Onde tem mais dinheiro, tem mais resultado. Há muito tempo o futebol deixou de ser apenas paixão.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Continuísmo ou continuidade no futebol. Nos erros e nos acertos.

Tem notícia que parece notícia antiga. Maradona se envolve em confusão, longe dos gramados. Don Diego sofreu acidente de trânsito. Bateu a camionete dele num ônibus. Ferimentos leves se a gente levar em consideração o histórico dele.
Carlitos Tevez no Corinthians. Parece notícia antiga. Surgiu a informação de que o alvinegro de São Paulo estaria disposto a bancar 42 milhões de euros para tirar o argentino da Inglaterra. De onde viria o dinheiro? Eu não imagino. Com relação ao presidente do Corinthians, não sei.
Kleber, o Gladiador, garantiu que a chance de sair do Palmeiras e jogar no Flamengo, ainda nesse campeonato brasileiro, é zero. Ele também disse, no entanto, que a relação que tem com a direção do Palmeiras é horrível.  Já sei o que você está pensando: notícia velha. Não é não. É a mesma notícia, mas foi dita ontem. Portanto, notícia nova.
A lista de treinadores do São Paulo tem seis nomes. Entre eles, o de Paulo Autuori. Tá bom tem notícia que parece notícia antiga. Eu sei disso.
Para terminar, a Copa América. Quem está pior, o Brasil ou a Argentina? Ou o futebol está nivelado ou essas duas seleções precisam, e muito, recomeçar.  Camisa sozinha não ganha jogo, não. E isso também não é de hoje. Faz tempo.

domingo, 10 de julho de 2011

Sem alicerce o futebol feminino tinha mesmo que ruir.

Com raríssimas exceções, qualquer jogador de futebol da seleção brasileira tem vida financeira tranqüila, uma legião de fãs, reconhecimento público. Realidade completamente diferente vive a seleção brasileira de futebol feminino. Com exceção da Rainha Marta, mais uma ou outra, e as jogadoras passariam desapercebidamente entre nós sem, sequer, serem notadas.  Por isso, quando vem uma derrota para os Estados Unidos, como essa do final de semana, não adianta falar em falta de sorte, em freguesia, essas coisas. Na Terra do Tio Sam o investimento vem na base, no esporte que começa nas escolas e universidades. Nós temos talentos natos. Eles têm os talentos e uma condição excelente para lapidar esses talentos. Aplausos para a nossa luta, os parabéns pelo alicerce desde sempre de países do primeiro mundo.
O brasileirão, nessa última rodada, não chegou a surpreender. Ninguém achava que o Santos, remendado, fosse ganhar do Palmeiras, não é? Pois perdeu mesmo. O Flamengo segue invicto e o Corinthians, com a arbitragem amiga, ganhou mais uma rodada na ponta da tabela. E o São Paulo, reforçado com a saída de Carpegiani, deixou de perder. E Rivaldo não perdeu tempo. Em um jogo conseguiu deixar claro que a saída do treinador era uma necessidade. Como as coisas são claras, no futebol, não?

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Poucas, boas e não tão boas assim...

Era como se fosse um aviso prévio, acabou. Passado um mês da ameaça de demissão, deixou de ser ameaça e Carpegiani perdeu mesmo o cargo de treinador do São Paulo. O “cara” da vez pode ser Cuca. Há quem prefira Dorival.
E o sono bateu forte. E o São Paulo  vice-líder só é vice-líder porque o Palmeiras não acordou e ficou no empate com o América Mineiro em Sete Lagoas. Empate apático também entre Botafogo e Atlético Goianiense. Assim, não dá para ser feliz.
Pipoca é o que ninguém quer. E o time do Atlético Mineiro foi recepcionado com pipocas na volta a Belo Horizonte. E Richarlysson não gostou e brigou com um torcedor.
E se o começo é a base, nos preocupemos com o futuro. A seleção brasileira sub-17 recebeu, em forma de goleada, o adeus no campeonato mundial da categoria. 3 a 0 para o Uruguai. Devemos nos conformar com a seleção brasileira sub-20. É ele que pode salvar a lavoura futura. E na Copa América, bem, que venha a primeira vitória, sábado contra o Paraguai. Senão, Mano Menezes, Carpegiani, Cuca, terão motivos para semelhança. Gaúchos e, quem sabe, à procura de emprego.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Três golaços e um aprendizado.

Quando o cruzamento veio da esquerda, poucos poderiam imaginar o desfecho da jogada. Gol de Pelé e o Brasil classificado para a próxima fase. Com direito à chapéu na marcação e chute certeiro para o fundo das redes. Foi gol de placa em plena Copa do Mundo. Não fosse no futebol feminino e hoje o Brasil parava para falar dessa verdadeira obra prima na Alemanha. Érika serve de exemplo para muito marmanjo que se diz bom de bola.
Em Sete Lagoas, interior de Minas Gerais, dois golaços de um argentino que não está na seleção. Montillo levou o Cruzeiro à vitória contra o Grêmio. Enquanto isso, pela Copa América, a Argentina vai de decepção em decepção. Ainda bem, diríamos todos nós. É ou não é?  0 a 0 contra a Colômbia. Um tropeço mais, e, já era, garoto.
E o São Paulo, hem? O time que ficou 100% em cinco rodadas do Brasileirão, agora está 3 jogos sem ganhar. Dizem que é inédito na era de pontos corridos. Nunca o time tinha perdido 3 jogos consecutivos, desde 2003. Alguma coisa pode acontecer. Inclusive, Carpegiani continuar no cargo.
Hoje o Palmeiras pode passar o São Paulo. Basta vencer o América Mineiro, em Minas Gerais. E isso não é difícil de acontecer.  Vale ressaltar. Corinthians e Flamengo seguem como os únicos e  últimos invictos do Brasileirão. Alvos que todos querem atingir.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Neymar na Europa? Assédio cedo ou tarde?

O pai do jogador Neymar recebe a visita do presidente do Barcelona. O agente do jogador Neymar tem encontro com representantes do Real Madrid. E isso porque a promessa santista agiu como simples promessa na estréia do Brasil na Copa América, na Argentina. Eu sei, vale o conjunto da obra. E, pelo conjunto da obra, não acredito que Neymar esteja no grupo do Santos quando, no final do ano, o próprio Barcelona pode aparecer na hipotética decisão do Mundial Interclubes contra a equipe da Vila Belmiro. Não é de hoje que o dinheiro fala mais alto. Fala, não, grita. Grita, berra, esperneia, mas leva o que quer.
E chamei o Santos de equipe da Vila Belmiro? Foi mal, hem. Não tem sido nessa temporada. Dos 22 jogos como mandante em 2011, apenas seis foram realizados na Vila Belmiro.  A diretoria do peixe tem optado por jogar no Pacaembu, por exemplo. Aí eu fico pensando naquele torcedor que adquiriu camarotes da Vila Belmiro, têm cadeira cativa. E depois reclamam que o torcedor brasileiro não faz como o torcedor europeu: compra o carnê de ingressos para toda a temporada. Certamente lá ele não é tratado como aqui. Está aí a grande diferença.
O Gladiador é bom de drible, pode ter certeza. Ontem, mais uma vez, ele não treinou. O atacante, se jogar domingo contra o Santos, no Pacaembu, não poderá mais ser transferido para outra equipe do país para a disputa do campeonato brasileiro. Terá completado seis partidas pelo alviverde. Pode até não sair, mas essa atitude, no mínimo, dá margens à especulação. Kleber sabe disso. Mas pode ser uma estratégia de valorização. Quem é que sabe?

Futebol Paulista e Carioca. A rivalidade na ponte aérea

Se há uma coisa que não sai de moda é essa tal rivalidade entre São Paulo e Rio de Janeiro. E a rodada desta quarta-feira do brasileirão, mais uma vez bota lenha nessa fogueira. Paulistas e Cariocas rivalizam pelos bons e também pelos maus momentos. Se não vejamos. Tem o Corinthians, líder com um jogo a menos. Tem o Flamengo, com Ronaldinho Gaúcho, ganhando até fora de casa. Corinthians e Flamengo são os únicos invictos, até agora, do campeonato brasileiro. Empate no lado positivo.  O adversário deles? Paulistas e cariocas que estão em baixa. O Corinthians pega o Vasco da Gama que, mesmo atual campeão da Copa do Brasil, vem de uma surra, em casa, para o Cruzeiro. Três a zero em pleno estádio São Januário. O Flamengo não fica para trás. Enfrenta o São Paulo, no Rio de Janeiro. O São Paulo é o vice-líder, mas vem despencando emocionalmente, com duas derrotas consecutivas. Repare que os dois invictos jogam em casa. Mas como jogam com rivais da ponte aérea, tudo pode acontecer, inclusive, nada.
De quem será a América? Depois das decepções de brasileiros e argentinos, agora foi a vez do Uruguai. A seleção celeste não saiu de um empate contra o Peru. Repetiu a façanha, entre aspas, de Brasil e Venezuela e de Argentina e Bolívia. Assim, vamos começar a rever as apostas. A América não tem dono. Pelo menos, não tem dono de véspera.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Seleção: No primeiro ato, cadê a atitude?

Foram os primeiros noventa minutos na era Mano Menezes.  Os primeiros noventa minutos oficiais, bom que se diga. Se bem que nos últimos amistosos ...Não foram muito diferentes daquele futebol que a torcida viu, e vaiou, ontem na Argentina. E, parece que não, mas o tropeço argentino serviu, de alguma maneira, para equiparar as decepções. Mas eu tenho cá as minhas dúvidas. Empatar com a Venezuela não é pior do que empatar com a Bolívia? Tenho impressão que sim.
Mas aí vem um amigo e me lembra. Dunga ganhou tudo o que disputou, antes da Copa do Mundo e, na África do Sul, deu no que deu. Ele tem razão. Mas eu também acho que se a gente perder tudo agora, quem tem a perder é Mano Menezes. Não come panetone, esse ano, como técnico da seleção.  Quem viver verá.
Um amigo pernambucano, com quem assisti a estréia do Brasil na Copa América, levanta uma questão. Ele aposta com quem quiser que o Brasil não irá sediar a Copa de 2014. Botou 10 mil reais em jogo. Diz ele que em 1986, a Colômbia foi retirada, em cima da hora, por falta de estrutura. E a Copa acabou sendo no México, a mesma sede da Copa de 70. Será que ele está certo? E se isso acontecer, o Brasil seria obrigado, então, a disputar as eliminatórias – já que deixaria de ser o país sede e, portanto, não teria vaga garantida? Disso eu não sei. Só tenho certeza de que seria desmoralização enorme se a candidatura fosse caçada. Mas a aposta está valendo. Você arrisca?

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Rapidez na rudez (Cai, Dorival!)

Dorival Júnior ainda tentava trabalhar em meio ao tormento, da torcida e do placar adverso, e já havia gente projetando e vibrando com a goleada do Internacional de Porto Alegre para cima do Atlético Mineiro, em plena cidade mineira de Sete Lagoas.  São muitos os candidatos à espera de Dorival. Desde o Grêmio, que viu Renato Gaúcho chorar na sua despedida, passando pelo Atlético Paranaense, que vive uma crise sem fim. Terminando no São Paulo que, a qualquer tropeço, pensa em crucificar Paulo Cesar Carpegiani. Se bem que, no momento, não é qualquer tropeço.
Sem Kléber, que de acordo com a assessoria de imprensa do Palmeiras está realmente machucado, o alviverde reencontrou o Atlético-GO – de más lembranças para os paulistas – e dessa vez, não decepcionou. Teve vitória, no Canindé, e teve gol de estreante. Maikon Leite foi o destaque do jogo. Velocidade, participação, bom futebol.  Se continuar assim, não sai mais do time.  Não no lugar, mas ao lado de Kléber. Se ele ficar mesmo, porque ainda tem chance de sair nesse brasileirão.
Qual dura mais:  má fase de Rogério Ceni ou a boa fase de Ronaldinho Gaúcho ? Se tiver difícil, muda a pergunta: qual  delas termina primeiro ? Melhorou ? Então só falta responder... srsr