quarta-feira, 29 de junho de 2011

Quem quer dinheiro? O trem da Copa do Mundo vem aí.

O nome é bonito: Comissão de Constituição e Justiça.  A decisão, quem sabe?  A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos vereadores de São Paulo aprovou projeto de lei que concede incentivos fiscais para a construção do Estádio do Corinthians.  A mãozinha pode chegar a R$ 420 milhões – quase metade do valor total, considerando-se o estádio para 65 mil torcedores.  Os nobres vereadores, agora, é que vão decidir se o agrado vai ser liberado, ou não. Independentemente do lado político, a construtora está de vento em polpa. O canteiro de obras está com 165 funcionários e 85 máquinas e equipamentos.  Se o din-din pingar direitinho, o estádio vai estar pronto em dezembro de 2013. Quase seis meses DEPOIS da Copa das Confederações.  Mas tem outro assunto que não cabe dentro de nossa cabeça, mas muito bem no bolso de alguns espertos.  A Copa do Mundo de 2014 vai custar mais que as últimas três Copas juntas: Coréia e Japão, Alemanha e África do Sul.  Em certos arranjos o Brasil é mesmo imbatível.
O que aconteceu com Ronaldinho Gaúcho? Será que ele cansou? Pelo jeito, acho que sim. Só está pensando em jogar futebol. Só pode ser isso para tamanha mudança no desempenho dele.  Ontem, o Flamengo venceu o América Mineiro, fora de casa com dois gols dele. Se não foi brilhante, Ronaldinho Gaúcho foi decisivo. O homem já tem cinco gols no Brasileirão. Será que o melhor do mundo está de volta? Vamos esperar mais um sábado à noite, não custa. O seguro morreu de velho.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Kleber. A dor e a consciência. Ou a dor na consciência?

Se o atacante Kleber participar do jogo do Palmeiras contra o Atlético Goianiense, nessa quinta-feira, terá completado sete partidas pela equipe paulista. É o limite. Isso significa a impossibilidade de transferência para qualquer outra equipe durante o atual campeonato brasileiro. O mesmo Kleber alega um desconforto muscular na coxa. E isso pode tirá-lo do jogo. Talvez não só isso. No treino de ontem ele chegou 40 minutos atrasado por causa de um horário no dentista. A dor e a consciência. Será que ele terá, também, dor na consciência?
Provocação. Não há outra palavra. O vice-presidente de marketing Luis Paulo Rosenberg lançou uma idéia, entre aspas, para os corintianos. Fazer 100 gols em Rogério Ceni. Pelas contas, em 19 anos de carreira, o goleiro já sofreu 81 gols do time alvinegro. Acho que essa idéia vai pegar. Só não sei se é salutar para uma rivalidade já tão aguçada. Vamos aguardar.
Portuguesa, com certeza. Faltam 30 rodadas para o término do campeonato brasileiro da série b. É muita água a passar por debaixo da ponte. Mas a Lusa dá sinais de que, dessa vez, não vai deixar escapar a chance de voltar à elite nacional. 25 gols marcados em oito rodadas é uma marca e tanto. Edno, com mais 2, soma seis gols em 5 jogos. Olha, parece que agora vai. Só não pode jogar como nunca e se dar mal como quase sempre. Dessa síndrome a Lusa precisa se curar.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Receita russa: pizza de banana

As autoridades da Rússia deram claros sinais de preconceito ao inocentar o torcedor que mostrou banana para o brasileiro Roberto Carlos. Com que moral as autoridades tentarão evitar que novos atos preconceituosos voltem a acontecer naquele país? Com a mesma que fez vistas grossas ao que aconteceu com o lateral, ex-Corinthians? Eu se fosse o jogador brasileiro, pediria para deixar o país. Racismo é crime. E dos mais terríveis.
Doze dias. Menos de um mês. Foi o tempo de contrato do jogador Belletti com o Ceará. E, pelo twitter, o jogador resolve anunciar que não suportava as dores no corpo e que estava encerrando sua carreira de jogador profissional. Confesso que não entendi. Será que essas dores só apareceram agora, nesses dias vivendo em Fortaleza? Ou teve mais algum motivo, além da dor, para ele tomar essa decisão sem, ao menos, ter jogado uma partida pelo clube cearense. O Ceará é conhecido como vovô, por ser o clube mais antigo daquele estado. E foi ao chegar no Vovô que Belletti deve ter sentido o peso da realidade. Não dava mais para ele.
Ganso, Robinho, Neymar e Pato. Será que a seleção brasileira está diante de um novo “quadrado mágico”? Tomara que não. A última vez que usamos essa expressão foi na Copa da Alemanha e sabemos muito bem no que deu. Tem gente achando que Robinho não deveria nem ser titular da seleção. Lucas deveria estar no lugar dele. Os resultados na Copa América vão mostrar se Mano Menezes deve apostar nesse quadrado ou  se está redondamente enganado.

domingo, 26 de junho de 2011

A primeira queda. Aquela que ninguém esquece.

No Pacaembu cheio de corintianos, o São Paulo caiu pela primeira vez. É bem verdade que continua líder do campeonato brasileiro. É bem verdade que ainda tem 5 vitórias consecutivas. Mas também é verdade que lá se foi o 100% de aproveitamento. Como também é verdade que o Corinthians lavou a alma depois de ter sofrido o 100º e histórico gol de Rogério Ceni, dias atrás. O placar de 5 a 0 expressa, realmente, o que foi o jogo entre Corinthians e São Paulo.  E é aí que reside a maior derrota do tricolor paulista. A seqüência sem Lucas – e daqui a pouco sem muitos outros na seleção brasileira sub-20. O São Paulo não tem peça de reposição. É o velho discurso da Era Muricy Ramalho. Não adianta ter um time, é preciso ter elenco. Sem isso, a primeira queda não será a única.
Cair pela primeira vez é tão dolorido que, para alguns, deveria ser proibido, por decreto, por regulamento, por lei, sei lá. Com 110 anos de existência, o River Plate, da Argentina, sofreu sua primeira queda para a 2ª divisão do futebol argentino. Jogadores e torcedores, aos prantos, pareciam não acreditar naquilo que chega para qualquer um quando as obrigações não são cumpridas. Lá se foi o River Plate. E até demorou para o rebaixamento chegar. Basta ver quanto tempo o River já não disputa a Libertadores da América.  E já venceu a Libertadores duas vezes. Só de história não dá para viver.  Torcedores e policiais ficaram feridos, ontem, em Buenos Aires, após o jogo. Essa é a pior derrota. Não faz voltar o que está decidido e deixa marcas, desnecessárias. Tristes, porém desnecessárias.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Ganso e o pneu furado, mas o futebol dele é calibrado e equilibrado.

Seguindo a máxima de que os últimos serão os primeiros, Paulo Henrique Ganso caminha para se transformar na estrela brasileira na Copa América da Argentina.  Quando o pneu do carro onde ele estava furou a caminho do aeroporto, ontem, começava a ser escrita essa história. Ele mistura tranqüilidade com genialidade.
O Santos admite que possa perder Neymar e ganso para o mercado europeu. Mesmo que a final do mundial interclubes em dezembro seja um apelo e tanto na contramão de qualquer  lógica, seja ela profissional ou afetiva. Sendo assim, buscar reforços para a ser mais que o caminho.É necessidade. Do mercado externo, devem ser repatriados Zé Roberto ou Diego. Com o primeiro, o papo avançou mais e  basta que o jogador decida voltar ao Brasil para que o Santos apareça como o novo clube do jogador.
No Mundial sub-17, o Brasil sobra como, aliás, em todas as equipes cujo tema principal gira em torno de renovação. Talvez seja esse o principal motivo pelo futebol brasileiro, mesmo mal administrado, ter tanto sucesso em termos de conquista. A seleção, no México, já está classificada para a próxima fase. Assim é fácil rodar com pneu furado. Basta ter um elenco calibrado, capacitado, qualificado.
Vem aí mais um clássico paulista no final de semana. São Paulo e Corinthians. E uma questão para pensar, provocar. Os 3 primeiros clubes na classificação do Brasileirão são dirigidos por técnicos gaúchos. A seleção brasileira também. Os gaúchos são melhores que os outros ou é só coincidência?

Santos campeão. Qualquer semelhança (não) é mera coincidência

Foi preciso esperar quase 50 anos para aparecer outro camisa 10 digno de vestir aquela camisa 10. Ele estava parado há algum tempo, contundido, às vésperas da decisão da Libertadores contra o Peñarol. E voltou e foi decisivo. A história se repete igualzinha quase meio século depois.  Primeiro foi Pelé, agora é Paulo Henrique Ganso.  Vou repetir o que disse segundos após o primeiro gol do Santos, ontem à noite, no Pacaembu. “Ganso é gênio. Dunga é Dunga”. Uma lembrança da ultima copa do mundo. O meia do Santos poderia ter ido à África do Sul e, talvez, nosso destino naquele mundial pudesse ter sido diferente. Dunga, o técnico teimoso, não levou o garoto.  Agora vem a Copa América. E Ganso tem a chance de mostrar se com a 10 amarela e consegue ser perto do que foi o outro camisa 10 – o Rei do futebol. 
Mera coincidência.  E, depois de Pelé, só o Santos de Ganso consegue ter a honra de ostentar um cobiçado título de Libertadores. Agora o Santos é tricampeão da Libertadores. Iguala-se ao São Paulo. E deixa a cobiça por essa taça, ainda maior.  E no final do ano tem Mundial Interclubes. E o Peixe medirá forças com forças desconhecidas – que o diga o Mazembe, algoz do Internacional de Porto Alegre – mas o que todo mundo espera é Barcelona e Santos. E a gente espera que o Santos consiga manter suas estrelas de primeira grandeza, até lá. Senão, uma derrota – de lavada – não será mera coincidência.

terça-feira, 21 de junho de 2011

O teste e a prova de fogo.

O técnico da Inter de Milão, na madrugada do Rio de Janeiro, recusou-se a fazer o teste do bafômetro ao ser parado numa blitz. E aqui, vou abrir um parêntese: Se o Leonardo pode, porque Ronaldinho Gaúcho não poderia curtir a capital dos cariocas? A carne é fraca, diria o outro. O problema é que o fígado, a moral, o desempenho, seguem a mesma fraqueza.
Falemos agora de uma prova de fogo. Até hoje, todos os times brasileiros que disputaram a final da Libertadores no Pacaembu, perderam o título.  E o Peñarol já saiu campeão jogando no  Paulo Machado de Carvalho. Hoje é dia de fazer esse teste, uma prova de fogo. E que o Santos consiga entrar para a história.  
Muricy escondeu no treinamento. Treinou com 11 jogadores e mais um goleiro. Se o Paulo Henrique Ganso não fosse jogar, não teria grandes motivos para fazer mistério. O 10 deverá ser o titular e, chute meu, vai fazer a diferença à favor da equipe brasileira contra os uruguaios.
Luto para o futebol. O vice-presidente do São Caetano e o irmão dele foram assassinados, ontem. Difícil saber se há ligação com a administração do clube se foi um assalto ou uma briga de trânsito. Perde o futebol, perde muito mais a sociedade.
Fabíola Molina, a principal nadadora do Brasil, perdeu índice para as Olimpíadas de Londres. Tudo por que caiu no doping. Ela está suspensa preventivamente e assumiu ter usado um complexo vitamínico sem cuidado com sua fórmula. Aos 35 anos e com todas as conquistas, não merecia passar por isso. Mas é a regra. Que ainda consiga seguir para as próximas Olimpíadas. Senão, nossa chance de medalha cai bastante.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

A fertilidade de craques na selva de pedra.

Lucas, Casemiro, Luiz Eduardo, Henrique, Bruno Uvini. Na selva de pedras que é a maior cidade do Brasil, o time que ironicamente leva o nome dessa cidade, prova que ainda é possível brotar talentos em meio aos escassos espaços para a prática de futebol  - se a gente comparar com a mesma São Paulo dos nossos tempos de crianças.  E a fonte, aparentemente inesgotável de recursos para o mundo da bola, faz com que o São Paulo – líder do campeonato Brasileiro – tenha diversas dessas novas estrelas em seu elenco.  Estrelas que ainda nem despontaram. A estréia do Brasil no mundial sub-17 no México, é a prova disso. Ademilson, atacante do Brasil, marcou dois gols na vitória contra a Dinamarca e ainda deu o passe para o terceiro que fechou a goleada. Carpegiani ganha mais uma opção – ou perde – porque como seus colegas de time, é outro servindo as seleções do Brasil.
Revelações e despedida. Às vésperas da final da Libertadores contra o Peñarol, o atacante Zé Love chorou ao falar de sua despedida. Ele ainda sonha em marcar o gol do título contra os uruguaios. Mas segue, depois da decisão, para o Gênoa, da Itália. Em lágrimas, lembrou dos momentos difíceis. Há dois anos, ficou 7 meses sem receber salários no Santos. E a presidente, nada a declarar?
Mais de uma vez já ouvi – e até já disse essa frase – “Achei que já tivesse vivido tudo, nessa vida”. E não é que um senhor de 62 anos proferiu a dita frase, ontem? Joel Santana terá sua primeira chance dirigindo um clube de Minas Gerais. Ao assumir o Cruzeiro disse que chega para ser uma estrela, não coadjuvante. E tem chance para isso. Disse que Minas é a cereja que faltava no bolo, já que passou pelo Rio, São Paulo, e Rio Grande do Sul. Tomara que ele tenha sucesso.
Um chega, outro pode sair. Kleber, o Gladiador, deve mesmo deixar o Palmeiras. O assédio da presidente Patrícia Amorim é grande e a crise financeira do Palmeiras, maior ainda. Como ele ainda não passou o limite de jogos para a transferência.... Esperemos.

domingo, 19 de junho de 2011

O maestro e a orquestra invencível.

Parece que joga por música. Desafinar, nem pensar. Há 8 anos, desde que o Campeonato Brasileiro passou a ser disputado por pontos corridos, essa é a primeira vez que um time consegue 5 vitórias nas 5 primeiras partidas. 15 pontos dos 15 disputados. Vitória em casa, vitória na casa do adversário. Como foi nessa última, com direito a uma participação especial. Quase um espetáculo solo: um goleiro que defende pênaltis e realiza outros 4 ou 5 milagres para não deixar a invencibilidade ruir.  Joga por música esse São Paulo do Brasileirão. Desfalcado, com oito titulares das categorias de base, e lá vai o São Paulo para cima dos adversários.  Uma orquestra que se exibe com maestria. E o maestro se despede agora.  Vem aí a Copa América e o São Paulo perde Lucas, já para a próxima rodada. E perderá mais, quando a categoria de base da Seleção vai puxar outros hoje titulares. Logo agora. Tudo tão afinado, tão ajustado. Agora, tudo terá que ser trocado. É assim. E quando as peças voltarem é torcer para que tudo seja afinado como o que, até aqui, foi mostrado.
Goleiro aqui, goleiro ali. Se essa posição é cargo de confiança, os dois primeiros colocados do campeonato brasileiro podem confiar. Na rodada do campeonato brasileiro, Rogério Ceni brilhou em Fortaleza, Marcos brilhou na capital Paulista. O São Paulo venceu sem tomar gols. O Palmeiras goleou sem sofrer gols. Ceará e Avaí têm como prêmio de consolação o consolo de terem enfrentado duas lendas que escreveram seus nomes por milagres conhecidos por defesas impossíveis de praticar.
Foram 5 rodadas para a gente deparar com o primeiro 0 a 0. Não deveria ser assim. Mas foi. De Botafogo e Flamengo se esperava mais. Mas não foi dessa vez de Ronaldinho Gaúcho marcou num clássico, nessa volta ao Brasil. Mas não dá para criticar. Outros tantos também passaram em branco no Engenhão. Por isso, seus times não passam tão bem na tabela de classificação. Futebol é assim, não tem segredo.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A categoria de uma despedida.

Quem não viu, ainda tem a oportunidade no youtube. Quem viu, vai entender minhas colocações. O atacante Martin Palermo, maior artilheiro da história do Boca Junior, da Argentina, teve uma despedida de gala no ultimo jogo dele no estádio La Bombonera, onde fez a maior parte dos seus mais de 230 gols. Uma homenagem épica, com direito a um troféu inusitado. Palermo ganhou, de presente, as traves de um dos gols do estádio La Bombonera. Ele foi às lágrimas, alguns torcedores também. Pena que a despedida de Ronaldo foi antes. Assim, a CBF perdeu a chance de aprender com nossos hermanos uma maneira especial de dizer adeus a um grande ídolo. E olha que Ronaldo, o Fenômeno, carrega muito mais história que o atacante grandalhão, mas com bom faro de gol, do tradicional Boca Junior.  Ainda dá tempo para o Corinthians. Ele ainda vai se despedir da camisa alvinegra. É a chance. Não vai ter outra.
O fiel da balança no Campeonato Brasileiro. Ney Franco acaba de convocar a seleção brasileira para a disputa do Mundial Sub-20 que vai ser na Colômbia entre 29 de Julho e 20 de Agosto. O Flamengo cede 5 atletas. São Paulo e Santos, 4 cada um. Se a gente lembrar que a seleção principal também vai arrebanhar figurões de alguns times, você já viu o tamanho do prejuízo, não é?  Ainda é cedo, mas os motivos para as lágrimas futuras de um título que pode escapar, já estão alinhavados.
Qual a distância do Santos para o título dessa Libertadores ? Basta vencer o Peñarol, jogando no Pacaembu. Tem mais time que os uruguaios, isso é claro. Importante é se impor para evitar tropeços. Não dá para esquecer que São Caetano, Cruzeiro, São Paulo, já foram surpreendidos no momento de decidir em casa. Se jogar o que pode e sabe, não vai ter surpresa. Vai ser quarta-feira que vem. E eu arrisco, com vitória fácil. Tomara que eu esteja certo.

Temos que levantar essa bandeira para nossos bandeiras

O assistente de arbitragem Nícolas Yegros foi o grande nome da partida entre Peñarol e Santos, ontem, em Montevidéu.  Aos 42 minutos do segundo tempo, um gol do time da casa, no estádio lotado, em final de Libertadores. E não é que o assistente levantou a bandeira e marcou impedimento? Impedimento bem marcado, diga-se de passagem. Poucos teriam essa coragem. Serve de exemplo para o futebol brasileiro a atitude do paraguaio. 58 centímetros a  favor de Nícolas Yegros. E um 0 a 0 que deixa o Santos mais perto do tricampeonato da Libertadores.
Rogério Ceni em DVD. O lançamento, para a imprensa, foi ontem em São Paulo. O público poderá adquirir o filme que tem 55 minutos, à partir de sexta-feira, nas bancas. Custa 30 reais e virá acompanhado de uma revista especial sobre os 100 gols marcados pelo goleiro. Um goleiro que mal sabia cobrar tiro de meta quando tinha 17 anos de idade. Informação dada pelo próprio Rogério Ceni. Não precisa ser saopaulino para admirar esse que é um dos maiores goleiros do mundo.
As cinzas do vulcão chileno pararam a Argentina. E, portanto, a seleção feminina daquele país não conseguiu viajar para Recife.  As meninas do Brasil fariam amistoso contra a Argentina, mas terão que enfrentar uma seleção pernambucana como último teste antes da Copa do Mundo que vai ser esse mês, na Alemanha.  Não é o fim do mundo. Mas eu fico pensando. O que pode acontecer se esse vulcão resolver fazer graça em 2014, como é que vai ser.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Onde há fumaça nem sempre tem vulcão

Correu solta a informação, na imprensa espanhola, de que o jogador Neymar já teria um compromisso firmado com o Real Madrid. O atacante santista negou, claro. E diz estar focado só no Santos. “Daqui não saio, daqui ninguém me tira”. Será? Nem por um caminhão de euros? Onde tem fumaça, tem mais do que cinza de vulcão. Você não acha?
Seis partidas sem Lucas. É o futuro do São Paulo no Campeonato Brasileiro, após a rodada do final de semana contra o Ceará, em Fortaleza. Vem aí a Copa América. É claro que muitos outros times também vão sofrer baixas. Mas eu duvido que algum terá tanto prejuízo quanto o tricolor. Sem ele, o time muda, e muito. Vira um time comum. Tomara, para os são-paulinos, que eu esteja errado.  E para os santistas, que Neymar esteja falando a verdade.
A Portuguesa reencontrou o caminho das vitórias e o Guarani, o caminho das derrotas. Tudo isso num jogo só, pela série B do Campeonato Brasileiro. Portuguesa 3 x 2 Guarani, no Canindé, em São Paulo. Mas esse campeonato anda tão embolado que qualquer palpite sobre os futuros integrantes da primeira divisão seria mera especulação.  Dos 20 clubes que estão na briga, uns 10 têm chance, na minha humilde opinião.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

O vulcão e o furacão no futebol

Vai ser completa a rodada desta 3ª feira da série B do Campeonato Brasileiro. 10 jogos no mesmo dia e praticamente no mesmo horário.  Invictos e desesperados estarão lado a lado. O líder ABC testa sua eficácia contra o Vitória, em Salvador. O lanterna Duque de Caxias encara o Sport, terceiro na tabela de classificação, numa prova de fogo em Recife. Duelo paulista com os dois integrantes  do G-4. O Guarani, vice-líder, tenta explorar a crise eminente da Portuguesa – que não vence a 3 rodadas. Jogo no Canindé, em São Paulo. A Ponte Preta da 4ª colocação defende sua permanência no G-4 contra o instável Grêmio Prudente. Jogo em Campinas. O campeonato está só no começo, mas já teve troca de treinador. Edson Gaúcho perdeu o cargo à frente do Criciúma. Uma só derrota foi o suficiente.  E o Criciúma tem obrigação de vitória, em seus domínios, contra o ASA de Arapiraca. É vencer ou ficar no olho do furacão.
No olho do vulcão está o Santos que pediu à Conmebol o adiamento da partida contra o Peñarol de 4ª para 5ª feira. É que a fumaça que vem do Chile fecha aeroportos nesse cantinho de continente. E, talvez, a viagem seja de ônibus entre Porto Alegre e Montevidéu. Passa um furacão na cabeça de Paulo Henrique Ganso, vetado para o confronto.  No entanto, o vulcão do Chile não deve aliviar a barra do irmão uruguaio.  Acho que esse título da Libertadores é do Santos e não há causa natural que possa trazer um resultado sobrenatural. Mas não custa esperar. No futebol é assim: onde há fumaça, há fogo. Mas também pode haver vulcão, furacão, confusão. Basta que o resultado não seja alcançado.

domingo, 12 de junho de 2011

Paulistas em estado de graça

O estado de São Paulo tem duas equipes entre as quatro primeiras do Campeonato Brasileiro da Série B. O Guarani é o vice-líder e a Ponte Preta está em quarto lugar. Entre os campineiros, dois nordestinos. O ABC de Natal é o líder e o Sport, de Recife, aparece em terceiro na classificação.
No brasileirão da série A, os paulistas são 3 entre os quatro primeiros.  São Paulo, Corinthians e Palmeiras, nessa ordem, ocupam as primeiras posições. Entre eles, só o Atlético Mineiro. Muitos vão dizer, ainda é muito cedo, falta um mundo de campeonato pela frente. Não deixa de ser verdade. Mas se o que se pede é regularidade para não perder a dianteira no difícil campeonato por pontos corridos, há de se ressaltar essas posições.
No Corinthians, custou, mas o técnico Tite descobriu, entre aspas, que não é mais possível desconsiderar o atacante Willian como preponderante. O baixinho que já tinha sido artilheiro no Figueirense, em Santa Catarina, tem mesmo faro de gol. Que o diga Abel Braga. O treinador do Fluminense teve sua estréia carimbada pelos dois a zero, com dois gols de Willian.
No Palmeiras, vale a máxima. O jogo só termina quando acaba. Seria muitíssimo importante vencer o Inter em Porto Alegre.  Pelos pontos e pela moral. Gol nos acréscimos deixa, sempre, um gosto amargo da vitória que não veio.
O São Paulo mantém os incríveis 100% de aproveitamento depois de 4 rodadas. Não pelas rodadas, mas por tudo o que antecedeu os bastidores do São Paulo antes do início do campeonato. Agora, o time está estado de graça.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Nem a pau, Juvenal.

Ricardo Gomes não servia. Ganhou a Copa do Brasil com o Vasco da Gama.  Muricy Ramalho já não dava mais certo. Está na decisão da Libertadores dirigindo o Santos.  E não pense que a liderança momentânea do Campeonato Brasileiro vai evitar que Paulo Cesar Carpegiani passe seus apuros como, aliás, passava há poucos dias.  Esperar sossego com esse presidente no comando. Nem a pau, não é Juvenal.
O twitter virou arma e pode fazer vítimas se não souber usá-lo. Ainda mais para jogador de futebol, cujos passos são monitorados, noite e dia. Tão danosa quanto à rede social pode ser a tal da webcam. É bom que saibamos. Valdívia, jogador do Palmeiras, foi vítima, no Chile. Uma foto estava sendo usada para chantagear o jogador. E se ele pagou para a foto não ser exibida, sabia muito bem do que se tratava.  Prudência e caldo de galinha. Santo remédio.
Chuva, fumaça de vulcão, aeroportos ruins, companhias aéreas despreparadas para o crescimento da demanda. Com todos esses ingredientes em ebulição não seria de todo ruim se a FIFA dissesse o que a gente já sabe: O Brasil não tem condições de sediar uma Copa do Mundo. É exatamente o que eu penso. Temos outras prioridades e não temos desejo de virar chacota para o resto do planeta.
Li uma notícia para deixar muita gente envergonhada. O goleiro Rubinho, ex-Corinthians e há 5 anos no futebol da italia, afirma que boa parte dos jogadores do Campeonato Italiano, da 2ª divisão, e na 3ª  também, vive de manipulação de resultados. Ele jogou no Genoa e estava no Torino. Afirma que achava estranho. Em algumas partidas, não chegava sequer uma bola à sua meta. Em outras, jogava praticamente só e, claro, perdia o jogo. Nessa, a Itália está bem pior que a gente. Prêmio de consolação.

Que cara é essa? É a cara do líder

Quando a delegação do São Paulo chegava ao Estádio da Boca do Jacaré, em Sete Lagoas -MG,  fiquei sozinho em um canto qualquer pensando comigo mesmo. Como tem cara nova esse São Paulo, não?  E a confirmação viria em seguida. Dos 11 titulares que enfrentaram e venceram o Atlético Mineiro, nada menos que sete deles são formados nas categorias de base do clube. Em outras palavras.  É no quintal de casa que eles semeiam e colhem os frutos que vão alimentar o sucesso da equipe no cenário mundial.
Lucas, Casemiro, Luiz Eduardo, Bruno Uvini. Até outro dia, ilustres desconhecidos. Agora, a caminho do sucesso. Talvez seja um dos motivos do São Paulo ter repousado, ao final da terceira rodada do Brasileirão, como líder do Campeonato. É claro que ainda é muito cedo, que o campeonato está apenas começando. É claro que virão as convocações para a seleção, seja ela na categoria que for. Mas que o exemplo do São Paulo merece ser seguido, não há dúvida.
Estivéssemos em Londres e poderíamos estar vivendo o caos na bolsa de apostas dos campeonatos de futebol. Quem arriscou, lá no começo da Copa do Brasil que o Vasco da Gama seria o campeão? Nem os próprios vascaínos, eu acho. O fato é que o Vasco conquistou a taça e vai estar na Libertadores do ano que vem. Que reforce o time, senão todo esforço e a surpresa da conquista, não terão valido a pena. Parabéns aos vascaínos. E são muitos, pode apostar.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Aplausos e vaias para uma seleção bipolar

Eu não tive o privilégio de assistir à despedida do Fenômeno. Também não presenciei mais uma apresentação pífia dessa seleção que Mano Menezes não consegue fazer empolgar. Mas isso aconteceu contra a minha vontade. Queria ter vivido mais essa emoção. Vivi outra. Foram seis horas entre São Paulo e Belo Horizonte na tarde/noite do adeus àquele que foi um dos maiores jogadores dessa era. Os deuses parecem ter sentido o momento da despedida. Um dilúvio acometeu boa parte da região sudeste do Brasil e meu deslocamento à capital mineira deu-se numa escala bem improvável na capital federal. Assim, lá se foi a despedida. Quando entrei no avião Ronaldo ainda era jogador. Quando sai, já havia pendurado a chuteira.
No Pacaembu, a seleção bipolar. De aplausos à Ronaldo – em quinze minutos eternizados  e eternos para ele que lutava para se arrastar em campo – e vaias para uma equipe sem padrão de jogo, sem empolgar, sem cara de sucesso na missão de uma Copa América na Argentina. Ao menos, teremos Neymar. E teremos Pato e Ganso que, à duras penas, tentarão – primeiro – a recuperação física, para depois tentar a recuperação moral da seleção de Mano Menezes.
E Ronaldo se foi e o Brasil, como é que vai? Como é uma seleção bipolar, pode acontecer de tudo. Inclusive, nada. Mas se a gente lembrar que Dunga conquistou quase tudo, só não ganhou a Copa do Mundo, porque seria importante ganhar agora?

terça-feira, 7 de junho de 2011

Não aprendi dizer adeus

É letra de música, é moda sertaneja. Mas pode ser também, um estado de espírito. “Não aprendi dizer adeus”. De certa forma, é um sentimento que envolve todo ser humano. E o adeus de hoje é de alguém que se acostumou a acostumar mal o torcedor brasileiro. Depois de Pelé ninguém fez tantos gols pela seleção brasileira. A frente dele, ninguém marcou tantos em todas as Copas do Mundo da história. Foi eleito em três oportunidades, o melhor jogador do planeta. Ganhou duas Copas do Mundo.
O goleiro Marcos merece um jogo de despedida com a camisa da seleção brasileira. O meia atacante Rivaldo, seguramente, também merece. Muitos outros vão escapar à minha citação, mas também poderiam ser lembrados. Mas Ronaldo é diferente. Poucas vezes encontramos um jogador de futebol com tanto carisma. Têm suas histórias de superação, suas metas alcançadas, suas voltas por cima. Até seus deslizes desaparecem diante da imensidão de uma carreira sem precedentes no nosso planeta bola.
Talvez não tenhamos mais 15 minutos de Ronaldo, em campo, com a camisa da seleção. É muito pouco para quem se acostumou com esse camisa 9 nos últimos 17 anos. Hoje, ao soar o apito final do jogo entre Brasil e Romênia, no Pacaembu, Ronaldo deixará de ser um jogador para ser parte da nossa história. Palavras dele, ontem: “Gostaria de continuar jogando, disputar a Copa de 2014, no Brasil. Terá pressão para vencer, em casa. É desse tipo de desafio que eu mais gosto”. Fala a verdade. Eu não sei você. Mas eu não aprendi dizer adeus.

domingo, 5 de junho de 2011

Ver com outros olhos, de verdade.

Não dá para prever o resultado. Seria puro exercício de futurologia. Atlético Mineiro e São Paulo fazem, na próxima quarta-feira, o complemento dessa rodada do campeonato brasileiro. Rodada onde o Santos de Muricy Ramalho, com dois gols de Borges – detalhe – dois ex-sãopaulinos ( o treinador e o novo atacante alvinegro praiano) – bateu o Avaí, na Vila Belmiro e chegou a sua primeira vitória em três jogos no Brasileirão. Não dá para esquecer a prioridade na final da Libertadores.  
O Internacional de Porto Alegre meteu 4 a 2 no América, jogando em Minas Gerais. Oscar, o ex-tricolor paulista, foi um dos destaques da partida.  O São Paulo, cujo principal argumento era o profissionalismo na administração do futebol – não à toa vem penando para conquistar títulos nos últimos anos. O reflexo pode estar, exatamente, na administração.  Leia-se: na forma de trabalhar do presidente Juvenal Juvêncio. Os concorrentes agradecem.
A seleção brasileira foi uma lástima na revanche insossa contra a Holanda naquele 0 a 0, você não concorda ? Agora eu fico imaginando. Se no jogo de despedida do Ronaldo, ele mesmo, resolve jogar uma pequena parte daquele futebol que o consagrou? Será que, ao invés dele,  não pode ser a despedida de outras figuras que por lá gravitam? Só estou perguntando. Nem acho que isso pode acontecer. Ronaldo está muito fora de forma e sem ritmo. Mas que seria engraçado, não duvido.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Todo exagero será perdoado.

Discreto, experiente e fundamental para o esquema do Santos – e por conseqüência, pelo sucesso da equipe brasileira na Copa Libertadores – Elano aposta em Neymar em um suposto duelo contra o argentino Messi, do Barcelona. Uma projeção para a final do Mundial Interclubes da FIFA. Particularmente, acho muito cedo para essa análise. Ainda falta a decisão da Libertadores que, convenhamos, não será nada fácil. Mas não deixa de ser interessante esse duelo, no momento, imaginário. Se a diretoria do Santos conseguir segurar suas principais estrelas até o final do ano, temos – como brasileiros – a chance, pelo menos, de sonhar com uma grande possibilidade de êxito contra os espanhóis. Até lá, é trabalhar. Não resta nada.  E o Santos pega o Peñarol. Pelo menos, não é um time argentino.
Desde 2005 tem clube brasileiro na final da Copa Libertadores. Isso estampa a tese de que a soberania continental  é nossa. Jogamos muito mais que nossos vizinhos, só não somos superiores em um quesito: a catimba. É isso o que precisamos aprender. Ainda mais porque as entidades que deveriam punir aqueles que extrapolam no extra-campo não o fazem.
Falando em soberania, vem aí a Copa América que vai ser na Argentina. E o Brasil vai esperar pelas suas estrelas que voam, literalmente, em busca da recuperação. Pato e Ganso estão nos planos do treinador brasileiro para tentar a conquista na casa do maior rival do Brasil. Sabia decisão.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Uma guerra que a Libertadores não precisa viver.

O ser humano está passando dos limites, e já tem algum tempo. Muricy Ramalho poderia ter voltado cego da batalha de Assunção, no Paraguai. Uma pedra – ou seja lá o que for – atingiu o rosto do treinador do Santos nos momentos finais do jogo contra o Cerro Portenho que acabou levando os brasileiros à mais uma decisão na competição mais cobiçada do continente. “Não vai acontecer nada, está tudo certo”, resumiu o treinador santista logo que o jogo terminou. Falava da certeza da impunidade por parte da Conmebol – a entidade que deveria tomar conta dos campeonatos que são realizados entre países do nosso continente. Competição bem disputada, e pegada no sentido da marcação e do jogo corrido, é uma coisa. Selvageria é outra e nos coloca como gladiadores da idade média. Evoluímos. Não seria necessário continuar passando por isso. Vale o que está no placar. E o 3 a 3 no Paraguai classificou o alvinegro praiano para pegar Peñarol ou Velez Sarsfield. Tem tudo para dar Brasil na cabeça. E não na cabeça de brasileiro.
O Vasco largou na frente na decisão da Copa do Brasil. Venceu o Coritiba jogando no Rio de Janeiro. O placar foi apertado e não resolve a parada. Aliás, para mim, os paranaenses têm mais chance de chegar ao título inédito. Por jogar em casa e, claro, por terem um time muito mais alinhado que os cariocas. Mas o futebol é legal exatamente por isso.  É com imensa facilidade que ele deixa muito comentarista em saia justa.
Previsível como sempre, coerente como quase nunca. Esse é o futebol. O Corinthians acaba de contratar o bom goleiro Renan que jogava no Avaí. Boa iniciativa. Renan não vem para disputar vaga, deve assumir a condição de titular na vaga de Julio Cesar. É aí que falta coerência. O atleta formado no clube deverá ser crucificado pela falha no gol de Neymar, na final do paulistão. E depois reclamam que jogador de futebol não é fiel ao clube, troca de camisa a cada temporada. Dá para ser diferente? E o tempo de casa, a folha de serviço prestado? Tudo é esquecido quando a paixão fala pela razão. Por isso, dirigente não pode agir como, ou ter sido, um fanático torcedor. Chega uma hora que o conflito ideológico entre o cartola do gabinete e o desenfreado de arquibancada é inevitável.