domingo, 4 de julho de 2010

Dois lados de um país que enriqueceu com sangue, diamante e discriminação





É possível perceber a tristeza que o ar de Joaneburgo emite por todos os cantos. É, ao mesmo tempo, um lugar muito rico e muito pobre. Uma cidade planejada para uns, esquecida por outros. Ao lado de um dos maiores centros financeiros - se não o maior do continente - está o bairro de Alexandra (foto), o mais violento de Joanesburgo.
A mesma cidade projetada, com largas avenidas e prédios imponentes, é a cidade que enriqueceu às custas da exploração escrava nas minas de diamante e ouro, no racismo e na forma mais bruta de não respeitar os direitos humanos.
No ar, medo e tristeza. E mais que isso. Existem duas cidades em apenas uma, em Joanesburgo. Tem-se a impressão de que a vida de Nelson Mandela - por um fio por conta de sua fragilidade e idade - será o divisor de águas de um futuro que desenha-se ser sombrio para o povo daqui.
Existem duas nações, uma preteria pela outra. Uma, de probreza extrema, outra de riqueza absoluta. A minoria esmagadora, pobre, ao que parece vai reagir, demore pouco ou muito tempo. Daí uma cidade com grades e com medo. Daí, uma tristeza que o ar não explica, mas deixa que a gente possa sentir.
Tomara que eu esteja errado nesse critério de avaliação.

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