segunda-feira, 9 de maio de 2011

Organizadas poderiam inspirar o futebol a se organizar.

Não será a primeira vez, muito menos a
última. O Corinthians deverá repassar
os 700 ingressos a que tem direito,
para a decisão do Campeonato Paulista,
as torcidas organizadas.
E o torcedor comum ? que fique em casa,
ora bolas.
O Palmeiras fecha seus treinos porque as
organizadas pressionam, protestam.
Outro dia, o carro do atacante Luan
foi danificado pelos torcedores organizados.
No Uruguai, um coquetel molotov foi atirado
no carro de um jogador do Peñarol depois
da derrota no clássico contra o Nacional.
A polícia conseguiu eliminar confrontos dentro
do estádio e nas imediações. Mas não é onipresente.
A existência das organizadas coloca em xeque
o futuro do esporte.
Um calendário que privilegia o lado comercial
e esquece o lado humano não cansa de fazer
vítimas no futebol mundial.
Ganso é quem paga o pato da vez. Vai ficar
pelo menos seis semanas fora dos gramados.
O excesso de jogos também abrevia o final da
carreira de outros atletas. |Também
faz com que craques como Kaká, por exemplo,
corram o risco de ficar de fora
da próxima Copa América, na Argentina.
A impressão é de que todas as peças são descartáveis
e o que vale, mesmo, no final das contas, são as
cifras milionárias que envolvem o futebol. Que fazem
gente que mal sabe dar um chute numa bola,
enriquecer com esse esporte.
Organizados, também, e igualmente danosos
são os seres que gravitam em torno de clubes e atletas.
QUal a chance de dar certo ?
O Guarani de Campinas acaba de anunciar a contratação de 10 jogadores.
Estamos a pouco mais 10 dias da estréia do time
na Série B do Campeonato Brasileiro.
Depois, o treinador é quem perde o emprego se o resultado
não vem. Entrosamento ? Para que, não é ?
O futebol precisa, mesmo, é se organizar.
E só não faliu porque a produção de craques é maior
do que a capacidade destrutiva de muitos
que hoje dominam os espaços.
Seja no grito ou na caneta.

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