segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Treinador, profissão perigo.

Lembro-me do mestre Telê Santana.  Teve o mesmo problema que o ex-zagueiro e treinador Ricardo Gomes. Muricy Ramalho também já passou mal durante o exercício da profissão. É meio incoerente, no país onde todos pretensiosamente se dizem um pouco treinador, a profissão de treinador mostre tanto risco para o profissional que arrisca seguir esse caminho. O stress, a cobrança, o sistema nervoso, o jeito como lida com a pressão – extravasando os sentimentos, ou guardando para si próprio – determinam o futuro de um profissional que seguiu por esse caminho. Tomara que Ricardo Gomes tenha sido o último dessa lista infeliz. Tomara que tenha uma vida normal, quando driblar esse AVC. Tomara que seja feliz fazendo qualquer outra coisa. Dificilmente deve voltar à dirigir um time de futebol. A prudência, nesse caso, é amiga da perfeição.
Dunga se permite viver um pouco mais. Viver da profissão que escolheu. O ex-técnico da seleção brasileira – na fracassada Copa da África do Sul, não só por culpa dele, é bom que se diga – ressurge, agora, para um novo desafio. Vai ser o novo técnico do Al Rayyan, do Qatar. Substitui, por indicação do próprio, Paulo Autuori que vai ser o treinador da seleção sub-23 daquele país. Depois de mais de um ano afastado do trabalho, já não era sem tempo esse regresso.
Tem gente falando que o Corinthians é uma vaca encima de uma árvore. Ninguém sabe como chegou tão alto, mas com certeza, vai sair dali. Há quem arrisque que a perda da liderança do brasileirão é só questão de tempo. Uma ou duas rodadas mais. Será mesmo?

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