segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Eu vi um “gol contra” de um time que nem entrou em campo.

Quando a política interfere no dia a dia de um grande clube do futebol brasileiro, esse clube passa anos sem ganhar um título de expressão. Quando a política interfere no dia a dia desse clube, jogadores abandonam o barco e vão embora. Quando a política interfere no dia a dia do clube nem um treinador renomado consegue botar a casa em ordem.  Assim, lutar contra o rebaixamento vira ambição, títulos, simples utopia. Esse ano o rebaixamento não veio, mais por deficiência de outros concorrentes do que méritos próprios. E foi só o risco desaparecer, de vez, que a política incorporou-se – erroneamente – do dia a dia desse grande clube do futebol brasileiro. Foi um “gol contra” de um time que nem entrou em campo. A presidência do Palmeiras demitiu os três profissionais que faziam a assessoria de imprensa do clube. Na minha avaliação – simples comparação com os demais profissionais da mesma área, em outras agremiações – lá se foi a melhor assessoria de imprensa entre os grandes clubes do futebol de São Paulo e, talvez, de todo o Brasil. Pode ser por afinidade, dirão alguns, pode ser. Mas não sou apenas eu quem pensa assim. Quando a política interfere no dia a dia de um grande clube, continuar sendo grande vira um enorme desafio.
Sempre ouvi dizer que existem pessoas predestinadas. Isso sempre me soou um tanto quanto apelativo, forte demais para ser verdade. Mas aí o tempo foi tratando de me mostrar a verdade. E se colocarmos apenas o mundo da bola para esse critério de avaliação, posso dizer que a afirmativa é verdadeira. Vi  Ronaldo – do principio ao fim – com a camisa do Corinthians. A estréia em Itumbiara: o gol do alambrado contra o Palmeiras, em Presidente Prudente; suas partidas deslumbrantes numa final de campeonato paulista; o gol de cobertura em Fábio Costa, na Vila Belmiro; o dia em que anunciou a aposentadoria, as lágrimas coletivas e o silêncio ensurdecedor na sala de imprensa do Corinthians. E, domingo, vi outro. Um chute no gol,  um só. O gol da vitória do Corinthians foi de Adriano. Fora de forma, igual Ronaldo. Criticado, assim como foi Ronaldo. Predestinado, igual Ronaldo. O Fenômeno e o Imperador.

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