quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Ponte Preta. Parabéns, macaca, pelo acesso.

Aquele time de 77 eu vi jogar. Em "situação normal", jamais perderia o título para o Corinthians dos vinte e pouco anos na fila. Era muito superior. Vi a Ponte Preta de 1979. Também merecia o título. Em 1981, a mesma história. Não vieram os troféus, mas a Ponte Preta sim, escreveu seu nome na história dos maiores clubes do interior do Brasil.
Carlos, o Ganso, foi meu ídolo de infância. E disse isso à ele. E, aqui no blog, lamentei quando ele foi dispensado pela diretoria, acusado de estar ultrapassado. A história NUNCA está ultrapassada. E agora vejo a Ponte Preta, de novo, voltar à elite do futebol brasileiro. É Campinas que volta a destacar-se. Os mais novos não vão lembrar, mas seus pais sim. Campinas, nos anos 70 e 80 era conhecida como "A Capital do Futebol". E tenho orgulho de ser campineiro.
Aqui, não vou falar do Guarani. Apenas da Ponte Preta, a metade de Campinas que está feliz pela conquista de uma vaga para a Série A de 2012. Tive o prazer de acompanhar, de perto, essa trajetória vitoriosa. O jogo de sábado contra o ABC-RN está entre as melhores transmissões que fizemos em todo o Campeonato. Parabéns à Ponte Preta. A torcida fez um show à parte com a música do Sidney Magal em um coro entusiasmado e diferenciado.
Fui duramente criticado por ter relatado o que vivi quando da invasão do campo, ao término da partida. Relatei o que senti naquele momento. Em nenhum instante disse mal do time ou coisa parecida. Temi porque alguns, não todos - felizmente - estiveram próximos de nos atingir, simplesmente porque empunhamos o mesmo microfone de outro profissional que é um desafeto histórico.
Mas eu entendo o ponto de vista de quem chateou-se com o relato. Tanto isso é verdade que a coluna já não está mais no blog. Além do que, sou campineiro, tenho raízes aí. Com filho e irmão frequentadores dos jogos da macaca, como poderia ter de outra maneira.
A Ponte Preta está de parabéns. Quando muitos clubes precisam de artifícios para alcançar suas conquistas, a Ponte o fez com garra, trabalho e futebol.  Era o que havia para comentar. E os insultos muitos que chegaram já foram esquecidos em um canto qualquer. Obrigado.

3 comentários:

  1. Aí sim Nivaldo.
    Longe de querer dizer alguém o que fazer e imaginando o apuro que você deve ter passado durante a invasao do campo para a celebracao do acesso.
    Mas tudo é reflexo de maldade. Maldade e recalque de uma pessoa que "trabalha" na sua emissora e que profere impropérios sobre a Ponte, tudo porque foi dispensado do clube na época de base. Reflexo de maldade.
    Você vê o Flávio Prado, pontepretano, menosprezando o rival e sendo maldoso com o clube alviverde? Nao! Porque o inconsequente faz essas coisas, usando a língua ferina sem pensar para atingir "rivais"? Ele nao poderia ter rivais, afinal ele é profissional!
    Num mundo onde as pessoas matam por pouca coisa e a violência se propaga intensamente é diferenciado aquele que vê luz onde, a princípio, tudo pareca ser escuro.
    Nao pedimos puxacao de saco, pois sabemos ser difícil entender o amor de uma torcida sem conquistas relevantes, que nao deixou ratos infiltrados destruírem sua paixao e que, quando perdeu sua casa, fez o que pode para construir uma casa para o seu amor. Esses sao verdadeiros fiéis.
    Quando sofrer um grande golpe, como a perda de um título relevante, desde que realizando boas campanhas e suando sangue, vai continuar apoiando, jamais tentando agredir os seus jogadores, como outros "fiéis" fazem.
    Parabéns pelo texto e viva a Macaca. Festa pontepretana à sua maneira. Histórica maneira.
    E pense sempre nisto: violência gera violência, mas depende da sua atitude de passar violência adiante ou enxergar luz e iluminar o caminho dos outros.
    Saudacoes pontepretanas e parabéns pelo texto. Quando é justo, nós reconhecemos.

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  2. É isso ai Nivaldo! Parabéns pelo texto, sempre considerei você um grande jornalista. Fiquei irritado com seu comentário no outro post, mas como não te conheço pessoalmente, você além de ser um grande jornalista, mostrou ser um grande homem!
    Agora está tudo esclarecido!
    Abraços

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  3. Lembro-me do futebol em preto e branco. Lembro dos dérbis que assisti quando menino. Aprendi com meu pai que é possível dar a mão ao invés do punho. Textos excelentes postados acima, de conterrâneos desse velho de guerra, me enchem de orgulho de pertencer à essa gente. Fisicamente, deixei Campinas nos anos 80. De coração, ainda vivo e respiro na nossa terra amada.
    Ainda me emociono em ver festas como a do último final de semana. Me assustei porque achei que pagaria uma conta que não é minha. E, por questões éticas, não entro no mérito.
    Parabéns, e ano que vem, a Macaca vai estar fazendo suas "macaquices" contra os chamados grandes. Grande é ser como a Ponte, ainda sem título, mas firme e forte como poucos conseguem ser.
    Ainda vou viver para ver esse alvinegro de raça e força levantar um caneco de expressão nacional. Aí, quero estar "no meio dessa gente" para registrar mais um grande momento da história de um dos clubes mais antigos do Brasil.
    Parabéns à todos. (mas cuide dessas invasões, isso pode prejudicar o time no futuro).
    abraços.

    Nivaldo de Cillo

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