quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Seleção, reflexão. Verdão, agressão e decepção.

Tem alguns dias, conversei com seguranças do Palmeiras. Em número reduzido e com várias críticas às condições de trabalho, eles vêm sofrendo para manter a tranqüilidade de jogadores, comissão técnica, dirigentes e até sócios do clube. Ontem, um novo capítulo à essa decepcionante situação: O jogador João Vitor, que estava na loja oficial, ao lado da sede do clube, para comprar uma camisa, acabou agredido por alguns “torcedores”. Teve que ser levado ao hospital. O incidente revoltou os demais jogadores, a comissão técnica, enfim. O Palmeiras adiou para hoje a viagem ao Rio de Janeiro para o duelo  contra o Flamengo. Será que isso ajuda o time a conseguir a vitória? Será que atos assim são, realmente, de torcedores do clube? Não é a primeira vez. Só para relembrar alguns casos: Vagner Love, Vanderlei Luxemburgo. E por aí vai. Agressão é sinônimo de decepção. Torcedor tem direito de vaiar, criticar. Nada além.
Tinha quatro anos que Ronaldinho Gaúcho não marcava um gol com a camisa da seleção. Tinha 14 jogos que o México não perdia uma partida sequer. E aconteceu. Nos primeiros minutos deste dia de Nossa Senhora Aparecida, o Brasil vencia os mexicanos. Vitória sem convencer. Mas, vitória que é o que importa. Ou não? Não. Essa seleção carece de reflexão. Não se pode apresentar um futebol tão apático, refém de algum lampejo individual. E que lampejo de Marcelo – autor de um golaço contra o México. E que lampejo de Jeferson, quebrando o estigma de 1950. Goleiro negro pode, sim, jogar e vencer. Deixem Barbosa descansar em paz, o goleiro da primeira Copa no Brasil. Porque ele tem que carregar sozinho uma derrota que foi de todos? Esquecer o Uruguai de 50 e fortalecer-se para o Brasil de 14. É essa que tem que ser a reflexão. E se for com Jeferson. Que seja com ele. Um excelente goleiro. E um Brasil que ainda precisa muito melhorar.
E viva as crianças nesse 12 de Outubro.

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