sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Era o clássico para tudo definir. Ou não.

Nem tudo está certo, nem tudo está errado no líder Corinthians. Os 90 minutos contra o Flamengo não poderiam ter o significado do fim em caso de derrota, nem de aconchego no primeiro lugar, no caso de uma vitória. Vieram os 3 pontos e, por enquanto, a paz está selada. Ao menos até os próximos 90 minutos. Mas novos períodos de turbulência se avizinham. Tem muito jogo duro, daqui para frente. Daqui até domingo, por exemplo, quando o duelo será contra o embalado Fluminense. São 9 pontos separando os dois. Mas o que separa, de fato, esses paulistas e cariocas, é o estado emocional. O Fluminense vem embalado e confiante. O Corinthians, feliz mas ressabiado quanto sua própria capacidade de ser feliz. Mas até domingo, é momento de comemorar esse primeiro lugar que poderia ter escapado. Os dois a um contra o Flamengo não definem nada. Mas é bem  melhor do que se tivesse perdido o duelo, a liderança, a paz, e muito provavelmente o treinador também. Segue Tite, serenam os ânimos e, bola para frente que atrás vem gente. No caso alvinegro, gente de outros 19 times, todos de olho na caça ao líder. Ônus e bônus caminham juntos.
Homenagens ao Doutor Sócrates, internado – ainda em estado grave – marcaram o encontro de Corinthians e Flamengo. Curiosamente, o “Magrão” jogou nessas duas equipes mais populares do futebol brasileiro. E, do hospital, vem a notícia de que Sócrates, se dessa batalha se der bem, vai encabeçar uma campanha contra a bebida alcoólica. Por sua representatividade intelectual, ideológica, vai ajudar a transformar, para melhor, o futuro de muitos jovens. Muitos deles, jogadores de futebol.
Grandes gênios, já disse aqui, têm enorme dificuldade para viver na nossa sociedade. As pessoas têm dificuldade de acompanhar a linha de raciocínio, os desejos, as mensagens que eles gostariam de passar. Por isso, a maioria se isola. E a solidão rapidamente faz amizade com o álcool e dá no que estamos vendo agora. Sócrates está enfrentando seu adversário mais duro. Mas ele é bom na arte de surpreender. E, tomara, volte logo para nos dar mais uma aula. Democracia, liderança, sabedoria. Ensinamentos que virão de um talento, de dentro e fora do campo.  O jogo da vida vai definir tudo, para ele e para toda a sociedade.

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