quinta-feira, 2 de junho de 2011

Uma guerra que a Libertadores não precisa viver.

O ser humano está passando dos limites, e já tem algum tempo. Muricy Ramalho poderia ter voltado cego da batalha de Assunção, no Paraguai. Uma pedra – ou seja lá o que for – atingiu o rosto do treinador do Santos nos momentos finais do jogo contra o Cerro Portenho que acabou levando os brasileiros à mais uma decisão na competição mais cobiçada do continente. “Não vai acontecer nada, está tudo certo”, resumiu o treinador santista logo que o jogo terminou. Falava da certeza da impunidade por parte da Conmebol – a entidade que deveria tomar conta dos campeonatos que são realizados entre países do nosso continente. Competição bem disputada, e pegada no sentido da marcação e do jogo corrido, é uma coisa. Selvageria é outra e nos coloca como gladiadores da idade média. Evoluímos. Não seria necessário continuar passando por isso. Vale o que está no placar. E o 3 a 3 no Paraguai classificou o alvinegro praiano para pegar Peñarol ou Velez Sarsfield. Tem tudo para dar Brasil na cabeça. E não na cabeça de brasileiro.
O Vasco largou na frente na decisão da Copa do Brasil. Venceu o Coritiba jogando no Rio de Janeiro. O placar foi apertado e não resolve a parada. Aliás, para mim, os paranaenses têm mais chance de chegar ao título inédito. Por jogar em casa e, claro, por terem um time muito mais alinhado que os cariocas. Mas o futebol é legal exatamente por isso.  É com imensa facilidade que ele deixa muito comentarista em saia justa.
Previsível como sempre, coerente como quase nunca. Esse é o futebol. O Corinthians acaba de contratar o bom goleiro Renan que jogava no Avaí. Boa iniciativa. Renan não vem para disputar vaga, deve assumir a condição de titular na vaga de Julio Cesar. É aí que falta coerência. O atleta formado no clube deverá ser crucificado pela falha no gol de Neymar, na final do paulistão. E depois reclamam que jogador de futebol não é fiel ao clube, troca de camisa a cada temporada. Dá para ser diferente? E o tempo de casa, a folha de serviço prestado? Tudo é esquecido quando a paixão fala pela razão. Por isso, dirigente não pode agir como, ou ter sido, um fanático torcedor. Chega uma hora que o conflito ideológico entre o cartola do gabinete e o desenfreado de arquibancada é inevitável.

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