quarta-feira, 8 de junho de 2011

Aplausos e vaias para uma seleção bipolar

Eu não tive o privilégio de assistir à despedida do Fenômeno. Também não presenciei mais uma apresentação pífia dessa seleção que Mano Menezes não consegue fazer empolgar. Mas isso aconteceu contra a minha vontade. Queria ter vivido mais essa emoção. Vivi outra. Foram seis horas entre São Paulo e Belo Horizonte na tarde/noite do adeus àquele que foi um dos maiores jogadores dessa era. Os deuses parecem ter sentido o momento da despedida. Um dilúvio acometeu boa parte da região sudeste do Brasil e meu deslocamento à capital mineira deu-se numa escala bem improvável na capital federal. Assim, lá se foi a despedida. Quando entrei no avião Ronaldo ainda era jogador. Quando sai, já havia pendurado a chuteira.
No Pacaembu, a seleção bipolar. De aplausos à Ronaldo – em quinze minutos eternizados  e eternos para ele que lutava para se arrastar em campo – e vaias para uma equipe sem padrão de jogo, sem empolgar, sem cara de sucesso na missão de uma Copa América na Argentina. Ao menos, teremos Neymar. E teremos Pato e Ganso que, à duras penas, tentarão – primeiro – a recuperação física, para depois tentar a recuperação moral da seleção de Mano Menezes.
E Ronaldo se foi e o Brasil, como é que vai? Como é uma seleção bipolar, pode acontecer de tudo. Inclusive, nada. Mas se a gente lembrar que Dunga conquistou quase tudo, só não ganhou a Copa do Mundo, porque seria importante ganhar agora?

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