quinta-feira, 23 de junho de 2011

Santos campeão. Qualquer semelhança (não) é mera coincidência

Foi preciso esperar quase 50 anos para aparecer outro camisa 10 digno de vestir aquela camisa 10. Ele estava parado há algum tempo, contundido, às vésperas da decisão da Libertadores contra o Peñarol. E voltou e foi decisivo. A história se repete igualzinha quase meio século depois.  Primeiro foi Pelé, agora é Paulo Henrique Ganso.  Vou repetir o que disse segundos após o primeiro gol do Santos, ontem à noite, no Pacaembu. “Ganso é gênio. Dunga é Dunga”. Uma lembrança da ultima copa do mundo. O meia do Santos poderia ter ido à África do Sul e, talvez, nosso destino naquele mundial pudesse ter sido diferente. Dunga, o técnico teimoso, não levou o garoto.  Agora vem a Copa América. E Ganso tem a chance de mostrar se com a 10 amarela e consegue ser perto do que foi o outro camisa 10 – o Rei do futebol. 
Mera coincidência.  E, depois de Pelé, só o Santos de Ganso consegue ter a honra de ostentar um cobiçado título de Libertadores. Agora o Santos é tricampeão da Libertadores. Iguala-se ao São Paulo. E deixa a cobiça por essa taça, ainda maior.  E no final do ano tem Mundial Interclubes. E o Peixe medirá forças com forças desconhecidas – que o diga o Mazembe, algoz do Internacional de Porto Alegre – mas o que todo mundo espera é Barcelona e Santos. E a gente espera que o Santos consiga manter suas estrelas de primeira grandeza, até lá. Senão, uma derrota – de lavada – não será mera coincidência.

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